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Feiras e Eventos

BNTM – O desafio dos investidores ao vender o Brasil no exterior; confira

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Massimiliano Filippi, Juan Carlos, Jean-François Lecomte, Dan Matheson, Carloni Piero e Matteo Ciavarella

SALVADOR – O Brasil recebe de braços abertos, entre os dias 08 e 10 de junho, uma série de investidores internacionais para participar da BNTM 2017. São buyers de diversos países da Europa, América do Sul e América do Norte, como Itália, Argentina, França e EUA, por exemplo. O M&E percorreu os corredores da feira atrás destes investidores para saber: qual é o principal fator que atrapalha a comercialização do Brasil no exterior? Quais medidas podem ser tomadas para ajudar a melhorar as vendas? Confira as respostas abaixo.

“Hoje a Embratur e todas as mídias divulgam uma imagem do Brasil que não coincide com a realidade. Uma imagem que não mostra o potencial que o país tem. É engraçado, porque sempre se fala dos mesmos destinos, isto há décadas. Parece que os órgãos turísticos do país têm medo de explorar e investir em outros segmentos ou até mesmo pouco conhecimento sobre estes tipos de potenciais” (Massimiliano Filippi, da Brasil Planet, Itália).

“É preciso fazer uma divulgação do produto como destino turístico. O que temos são muitos hotéis, mas hotéis não vendem destino. O hotel pode ser brilhante, mas pode não estar no destino que nosso turista quer ir. Hoje são os hotéis que participam mais das feiras do que o próprio destino, e isso atrapalha muito. É preciso que eles estejam juntos na divulgação” (Juan Carlos, da Ylha Bela Operadora, Chile).

“O grave é a falta de promoção do Brasil no exterior. Eu acho inacreditável a França enviar cerca de 500.000 turistas à República Dominicana, que é uma pequena ilha, e enviar metade deste número para o Brasil, com um potencial incrível. A divulgação e promoção ao público são necessárias, porque a promoção institucional não serve para nada” (Jean-François Lecomte, da Bresil Aventure, França).

“O Brasil precisa ter mais aeroportos considerados portas de entrada, ter bons serviços e pessoas que falem mais de uma língua para podermos vender. É preciso liberar o visto para os norte-americanos, é preciso ter mais serviços e aprimorar toda a sua infraestrutura. Com relação à Embratur, eu realmente não sei que tipo de investimento eles estão fazendo, mas precisam ser cautelosos em como usar a verba para a promoção no exterior” (Dan Matheson, da Discover Brazil Tours, EUA).

“A comercialização do Brasil é bastante dificultada. A Embratur parece que não tem entendimento de que os mercados internacionais são diferentes uns dos outros, logo as ações deveriam ser diferenciadas. As companhias aéreas, por exemplo, convidam os investidores mas não promovem o destino. Falta aquela companhia aérea como a Varig, que era, por sí só, uma promoção do Brasil no exterior”. (Pierro Carloni, da Just Brasil, Itália).

“Na minha visão, o que falta ao Brasil é marketing. Ninguém fala do destino e, quando falam, mostram a corrupção, o assalto e todas as outras más notícias. Hoje, nós investidores e que vendemos Brasil, somos obrigados a fazer o papel da Embratur, porque não há promoção, não há diversificação de roteiros, não há lugares diferentes para serem apresentados. Sabemos que o Brasil tem um potencial tremendo, mas isto não é promovido” (Matteo Ciavarella, da Bosco Rosso Viaggi, Itália).

“Eu acredito que a conectividade entre Brasil e Alemanha ainda é um problema. As companhias iniciam as operações e logo cancelam. Hoje em dia é muito difícil vender o Brasil, não só por causa disso, mas pela ausência da Embratur em promover os destinos, as companhias, os hotéis e outros serviços na Alemanha. É preciso ter uma maior atuação dos escritórios mundo a fora. O que peca é que o Brasil não aproveitou o gancho dos megaeventos e agora é tarde” (Heiko Tiensch, do Brasiltours, Alemanha).

 

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