Neste Dia Internacional das Mulheres, o 49º Encontro Comercial Braztoa de São Paulo contou com um debate sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho. Abrindo o debate, Magda Nassar, presidente da Braztoa, que também é empresária, historiadora, empreendedora, investidora de startup e mãe de um jovem de 18 anos, dentre tantas outras coisas, divulgou dados sobre a presença feminina em diversas atividades:
53% dos eleitores do país são mulheres, porém, apenas 9,9% delas são deputadas e 16% senadoras
O Brasil ocupa o 155º lugar de uma lista de 193 países que mede a representatividade feminina
Apenas 35% dos cargos de direção no país são ocupados por mulheres e apenas 10% nas lideranças mais altas
Das associadas Braztoa, apenas 34% das empresas possuem mulheres em cargos diretivos
Além de tudo, as mulheres ainda recebem em média salários 76% menores que os homens
Com base nesses dados, Magda comentou que apesar de ter sido a primeira mulher a liderar uma entidade de turismo no Brasil, ela gostaria que cada vez mais isso fosse normal, e que ela não fosse a única. Afinal, a liderança não deve vista como algo de homem ou mulher e sim algo inerente a competência. “Queremos uma liderança compartilhada, porque trabalhar juntos nos torna mais fortes”, disse.
Participaram junto de Magda no debate: Ana Maria Donato, jornalista e especialista em marketing turístico, Sabrina Bull, economista e influenciadora digital, e Sabrina Duweik, jornalista e caçadora de tendências.
Ana Maria reforçou a importância de que as mulheres não aceitem rótulos, porque não existe uma profissão feita especialmente para elas. “Tem que ser normal uma mulher em cargo de liderança. A competência é que devia ser mais importante que gênero ou qualquer outra preferência”, afirmou.
Já Sabrina Bull salientou que o ideal é trabalhar em conjunto com os homens e não para eles, pois as mulheres são tão competentes quanto. “Precisamos ser ouvidas e respeitadas. Procuro em meu trabalho inspirar as pessoas, independente de quem, a ter experiências de viagens incríveis”, comentou.
Para Sabrina Duweik, ainda hoje se vive um paradigma ancorado em valores masculinos e que na verdade o mundo está precisando de mais paradigmas femininos, como a empatia, a colaboração e o compartilhamento, por exemplo. “Eu não gostaria de falar de gêneros, mas as mulheres aprendem isso naturalmente e é essencial esse tipo de comportamento para criar um novo mundo”, finalizou.