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Destinos

Irma deixa rastro de destruição nos EUA e Caribe; veja balanço

 

Maior furacão já registrado no Oceano Atlântico, chegando a categoria cinco da escala Saffir-Simpson, a mais alta possível, o Furacão Irma tem causado um estrago sem igual por onde passa. Entre os destinos mais afetados estão as ilhas caribenhas: Anguilla e Barbuda, Bahamas, Turks and Caicos, Ilhas Virgens, Porto Rico, St. Barts e St. Martin. Os levantamentos mais recentes apontam que o fenômeno deixou pelo menos 59 mortos, sendo 43 apenas no Caribe.

Dados da última quinta-feira (07/09) estimam que o número de árvores arrancadas, caídas ou simplesmente decepadas nos países atingidos ultrapassa de um milhão.

irma

Após seis dias intensos, o Furacão chegou aos Estados Unidos, passando pela Geórgia e o Alabama e finalmente começou a se dissipar. O fenômeno começou a ser monitora no dia 26 de agosto em Cabo Verde, quando ainda ocupava a categoria dois da escala Saffir-Simpson. No dia 04/09 o furacão já ocupava a categoria cinco, mas começou a causar estragos no dia 06/09 quando atingiu a ilha de Barbuda.

Informações preliminares divulgadas por governos locais, além de equipes de resgate como a Agência de Gerenciamento e Desastre do Caribe e a Cruz Vermelha, afirmaram que os estragos provocados pelo furacão foram muito significativos e que milhares de pessoas ficaram desabrigadas.

Além de afetar diretamente a vida dos moradores, a tempestade ainda causa um forte impacto na economia local, uma vez que a renda de muitos destinos se dá prioritariamente pelo Turismo. Alguns locais turísticos, como Long Island (Bahamas) podem inclusive não se recuperar, uma vez que o paraíso caribenho teve suas águas sugadas para o centro do ciclone. Sobraram apenas paisagens desoladoras onde antes havia o mar.

long island - reprodução twitter

Long Island tem mar “sugado” por furacão (foto: reprodução redes sociais)

Antígua e Barbuda

O conjunto de 37 ilhas que formam Antígua e Barbuda, com população de mais de 100 mil habitantes foi o primeiro a ser atingido pelo furacão e uma das regiões mais devastadas, pois a parede do olho permaneceu sobre a região por mais de duas horas.

Ventos destrutivos de quase 300 km/h, jamais registrados na área até então, limparam uma área imensa, onde morros antes cobertos por centenas de árvores transformaram-se em amontoados de galhos e troncos decepados.

Em Saint John, capital do país, com pouco mais de 22 mil habitantes, alagamentos foram registrados, porém sem gravidade.

No Aeroporto Internacional “V. C. Bird”, plataformas de embarque foram arrancadas e hangares desabaram. Os ventos do furacão estouraram vidros do saguão de embarque, que ficou parcialmente destruído.

Já na ilha de Barbuda, os efeitos foram devastadores e sem precedentes, segundo o governo local. Cerca de metade dos 1.800 habitantes da ilha ficaram sem casa e 90% dos edifícios sofreram danos. Em Codrington, principal município da ilha, todas as construções foram destruídas. A ilha também sofreu importantes inundações uma vez que a região fica apenas a seis metros acima em relação ao nível do mar.

Embora as rajadas atingissem velocidades de 230 mph em Barbuda, o dano em Antígua foi descrito como “nominal, na medida em que é comercializado como de costume”.

Anguilla

A ilha britânica Anguilla, com pouco mais de 15 mil habitantes, foi sacudida pelo furacão entre a madrugada e manhã de quarta-feira (06/09). O ministro do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Alan Duncan, disse que o dano “grave e em pontos críticos” foi visto em Anguilla. O olho de Irma passou justamente sobre parte da ilha, onde ventos destruíram construções e derrubaram centenas de árvores. Todos os habitantes foram evacuados pelo governo e muitos perderam suas casas por completo.

Em The Valley, capital de Anguilla, os ventos danificaram o Aeroporto Internacional “Clayton J. Lloyd”, além de escolas, hospitais e outros prédios públicos, além da energia elétrica. Na orla, ondas de seis metros devastaram construções e empilharam mais de 50 embarcações. Algumas foram arremessadas contra hotéis próximos.

A Agência de gerenciamento de desastres no Caribe afirmou que pelo menos uma pessoa ficou morta na região e que morreu e 90% das estradas da ilha estavam instransponíveis.

St. Barts

Com ventos de 151 mph, o dano de St Barts, foi descrito como “apocalíptico”. Todas as construções da ilha foram afetadas pela passagem do furacão, sendo que em Gustávia, o terminal de balsas foi destruído.

St. Martin

Uma das ilhas mais afetadas pela destruição do furacão, os estragos em St. Martin foram classificados como sem precedentes. Em Phillipsburg, capital da ilha, barcos foram empilhados, cassinos, hotéis e restaurantes foram destruídos e muitas casas ruíram por completo.

Ondas de até sete metros de altura destruíram parte do porto e dezenas de contêineres ficaram revirados após a passagem do furacão.Em Simpson Bay, onde está localizado o Aeroporto Internacional “Princesa Juliana”, o saguão principal ficou destruído e plataformas de embarque desabaram.

ST. MARTIN

Aeroporto de St. Martin é devastado por furacão (foto: deolhonotempo)

No lado francês de St. Martin foi registrado quatro mortes, de acordo com o primeiro-ministro francês Edouard Philippe. Na Oriental Bay, onde o Irma atingiu em primeiro a ilha, condomínios de luxo ficaram parcialmente destruídos.

A Marinha Real holandesa disse que “danos enormes” foram causados ​​no lado holandês da ilha, onde pelo menos uma pessoa morreu. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou que a tempestade teve “proporções épicas”, causando destruição em larga escala de infraestrutura, casas e empresas. A ilha sofre com falta de eletricidade, gasolina e água corrente. Muitas casas estão sem  telhados e hotéis estão embaixo do mar.

Em Marigot, na parte francesa, vários negócios reabriram na terça (12/09), muitos com horário reduzido, segundo a agência France Presse. A economia também volta a dar sinais de vida. Stephan Jules, diretor da agência estatal de empregos, já está em ação. “Vamos ver com as empresas como recuperar os empregos. Nossa agência em Saint Martin está em bom estado. Faremos um balanço da situação nos próximos dias para responder às perguntas dos usuários”.

 

Ondas invadem St. Martin (foto: Reuters)

Ondas invadem St. Martin (foto: Reuters)

Turks and Caicos

A aproximação de “Irma” elevou a velocidade do vento em ilhas do sul, chegando a 175 mph, principalmente em Big Ambergris Cay, onde o aeroporto local foi fechado e hotéis e restaurantes evacuados. O olho do furacão chegou à ilha principal no início da noite e as primeiras informações dão conta de completa devastação.

Porto Rico

O “Irma” passou ao norte da ilha, não afetando diretamente o solo, mas mesmo assim, estragos foram registrados por conta dos ventos fortes nas regiões de Fajardo e San Juan. A Defesa Civil registrou mais de 150 ocorrências por destelhamentos de construções e quedas de árvores.

Um avião da empresa Delta Airlines, cujo voo DL302 partindo de Nova York, nos Estados Unidos, para a capital San Juan, experimentou momentos de tensão. Logo quando a parede inicial de nuvens do furacão chegou à ilha, o voo conseguiu entrar em uma fileira de tempo bom, entre duas colunas de nuvens carregadas, áreas de forte turbulência. O “feito” foi acompanhado pelas redes sociais, em tempo real, e o avião pousou com segurança no aeroporto de destino minutos antes da tormenta atingir a área.

Em apenas 52 minutos, todo o processo de desembarque, esvaziamento de bagagens, carregamento de bagagens e embarque, além do procedimento na pista foi concluído e o avião retornou à Nova York em um novo voo, com o furacão já dominando o território porto-riquenho. Outros voos optaram pelo cancelamento ou retornaram aos locais de saída.

O país registrou quatro mortes. Com ventos de 100 mph, mais de 900 mil pessoas estão sem energia elétrica e 50 mil sem água. Devido à crise econômica que gerou cortes de funcionários na empresa de pública de energia elétrica, o país deve ficar ainda seis meses sem eletricidade.

República Dominicana

Cidades localizadas ao norte do país foram os mais afetados pela proximidade do furacão. No município de San Felipe de Puerto Plata, localizado na província de Puerto Plata, muitas construções foram destelhadas.

Ilhas Virgens Britânicas

Iates e barcos nas Ilhas Britânicas (foto: Ron Gurney via Reuters)

Iates e barcos nas Ilhas Britânicas (foto: Ron Gurney via Reuters)

Os efeitos nas ilhas, com pouco mais de 28 mil habitantes, foram impactantes, uma vez que a parede do olho passou por regiões povoadas, principalmente entre Parham Town e Wesley Will.

O Aeroporto “Beef Island Tortola” foi bastante danificado, onde pequenas aeronaves foram reviradas pelo vento da tormenta.

Em Anna’s Retreat, as poucas árvores que restaram ficaram completamente sem folhas e quase todas as construções foram danificadas, algumas destruídas por completo com a força do vento.

Cuba

Cuba tem ruas submersas devido Irma (foto: Reuters)

Cuba tem ruas submersas devido Irma (foto: Reuters)

Com um total de 10 mortes, Cuba teve severos danos nas usinas termelétricas, especialmente na de “Antonio Guiteras”, em Matanzas, que atrasam o restabelecimento dos serviços de eletricidade e fornecimento de água. Maior parte da ilha ainda está em fase de “recuperação” dos estragos do Irma, que atravessou a costa por 72 horas com ventos de furacão, fortes chuvas e avanço da água do mar em ambos os litorais. O Irma não atingiu Havana diretamente, trazendo apenas vento moderado e chuva, mas a tempestade provocou ondas gigantes, de 11 metros, sobre o mar que se estenderam até este domingo (10/09), quando o furacão já devastava o sul da Flórida.

EUA

A agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (12) que o arquipélago Florida Keys, por onde o furacão Irma passou com categoria 4 no domingo (10), teve parte substancial de suas construções destruídas. Segundo , afirmou Brock Long, administrador da Fema, cerca de 25% das casas de Florida Keys foram destruídas e 60% foram danificadas”

Após chegar a Florida Keys, Irma se deslocou para o norte e impactou o litoral sudoeste da península da Flórida seguindo pelo interior para o norte do estado e chegando em Geórgia, já como tempestade tropical, O Irma continuou a enfraquecer e agora é um ciclone pós-tropical e já se situa sobre o Alabama. Ao todo 22 pessoas morreram no estado norte-americano e mais de 4,4 milhões seguem sem eletricidade, segundo dados do jornal ABC News.

Ilhas Virgens Americanas

Embora a estrutura do olho tenha passado ao norte das ilhas, a chuva e o vento forte também causaram estragos na região. Em Christiansted, embarcações viraram após ondas de mais de cinco metros de altura.

Em Charlotte Amalie, no norte do conjunto de ilhas, onde o olho do furacão passou, centenas de construções foram danificadas.

Guadalupe

O país não sentiu os efeitos de chuva ou vento forte, mas devido à potência do furacão, sismógrafos registraram ruídos parecidos com pequenos tremores. O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) ressaltou que a forte agitação marítima liberou muita energia e grandes árvores que caíram em Antígua e Barbuda causaram o impacto no solo.

Com base em informações de estações meteorológicas, radares e sondagens realizadas por aviões do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), conclui-se que o “Irma” tenha superado a potência da bomba atômica lançada sobre Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945.

Na ocasião, foram liberadas 12.500 toneladas de TNT e diante do cenário de devastação, modelos numéricos estimam que a energia liberada pelo furacão tenha superado 15 mil toneladas de TNT.

Haiti

Municípios do norte do país sentiram a proximidade do furacão, que embora tenha passado sobre o oceano, produziu agitação marítima na região de Cabo Haitiano, com ondas de até quatro metros.

Dezenas de rodovias foram bloqueadas por árvores que caíram e mais de um milhão de habitantes foram prejudicados pela interrupção no fornecimento de energia elétrica.

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