Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Feiras e Eventos / Política

“O Turismo pode fazer muito mais pelo nosso país”, diz Lummertz

Vinicius Lummertz, ministro do Turismo

Vinicius Lummertz, ministro do Turismo

FORTALEZA (CE) – O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, foi a presença ilustre do primeiro dia de trabalhos do Conotel 2018. Não prevista na programação oficial, a visita de sua comitiva, que inclui o presidente do Senado Federal, Eunicio Oliveira, causou um atraso nas palestras, debates e mesas redondas marcadas para esta quinta-feira (17) no Centro de Eventos do Ceará. No entanto, Lummertz foi efusivamente aplaudido em seu discurso, no qual abordou os gargalos que impedem o crescimento do turismo e da própria economia do país.

O ministro destacou como principais entraves ao país o chamado custo Brasil e a insegurança jurídica. Segundo ele, instalar um equipamento turístico no Brasil é complicado, isso porque o ambiente de negócios não é favorável. “Para nós, tecnologia gera empregos e temos exemplo. Com os vistos eletrônicos, aumentamos o fluxo em 50% dos países contemplados”, disse. “E isso vai além, pois estamos negociando com China e Índia”, complementou.

Lummertz ressaltou que é necessário mudar a lógica do país para ampliar a competitividade. Ele citou alguns exemplos que podem contribuir com o aumento no fluxo de turistas. Um deles é a concessão doa parques naturais. “Nos Estados Unidos, os visitantes dos parques nacionais somam 330 milhões. Aqui, temos 9 milhões. Aumentamos em 20%, mas ainda é muito pouco”, contou. “Temos também as marinas, as cidades históricas e até os cassinos. Mas isso não acontece por conta da falta de consciência da importância do Turismo”, salientou.

Plateia atenta ao pronunciamento do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz

Plateia atenta ao pronunciamento do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz

POTENCIAL

Para ele, é delicado tocar nestes pontos, que chamou de “verdade inconveniente”. No entanto, Lummertz acredita que há apenas uma questão de entendimento da importância e do potencial do setor para que ele possa, enfim, vencer. “Há um potencial que está escondido. Lembro que há quando há 40 anos éramos importadores de alimentos e hoje o Brasil é o maior produtor de grãos do mundo. Como isso aconteceu? Tirando as amarras e com conhecimento com a Embrapa”, exemplificou.

No caso do Turismo, ele citou algumas ações recentes que podem trazer resultados. A reforma trabalhista, que trouxe a possibilidade da contratação intermitente, da nova regulação dos voos charters, do acordo de céus abertos, além das 113 alterações na Lei Geral do Turismo, que está no Congresso para ser votado.

PRODETUR

Ele citou ainda o Prodetur Brasil + Turismo, que irá disponibilizar R$ 5 bilhões para os setores privado e público por meio do BNDES. Ele será lançado no início de junho e deve beneficiar investidores e também estados e municípios que tenham projetos de investimento. “Temos provado que as PPPs em territórios específicos geram resultados. Tenho o sonho de que sejam criadas áreas especiais de desenvolvimento turístico. Palmas terá a primeira do país. Foz do Iguaçu e a região do Beto Carrero estão trabalhando para isso”, revelou.

OPORTUNIDADES

Lummertz citou duas potências para exemplificar o quanto o Turismo pode contribuir para a economia do país. Segundo ele, o Japão, que recebe 20 milhões de visitantes por ano, está buscando a marca de 60 milhões e os Estados Unidos, que recebe 60 milhões, tem a meta de 100 milhões. “Com os Cassinos, podemos dobrar o fluxo. Com a concessão dos parques, podemos dobrar o fluxo e com a concessão das marinas também podemos dobrar. São três exemplos. Isso só não acontece, porque as condições para investir não são criadas”, afirmou. “O Turismo pode fazer mais pelo país”, finalizou.

Receba nossas newsletters