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Feiras e Eventos

Tecnologia e conexão interpessoal: entenda o futuro dos eventos

Bruno Hebert, ex-presidente da Unedestinos, e Toni Sando, atual presidente da Unedestinos

Bruno Hebert, ex-presidente da Unedestinos, e Toni Sando, atual presidente da Unedestinos

A Internet, e consequentemente as novas tecnologias, modificaram a forma do mundo se relacionar, a forma como os negócios são feitos e mesmo a forma de aprender e consumir conteúdo. Desde este surgimento os setores passam, constantemente, por reinvenções. E com o turismo e o setor de eventos não é diferente. A fim de acompanhar as inovações, as rupturas com os modelos tradicionais e entender o novo perfil do consumidor, o mercado está sempre realizando debates e painéis visando discutir as mudanças e criar melhores práticas de atuação. Esta é a proposta da segunda edição do MPI Lamec e Unecongresso, que acontece nesta quinta-feira (06/07) em São Paulo.

Dividido em palestras, o evento discute quem é esse público que participa dos eventos, como tirá-los de casa e levá-los à um evento, que tipo de conteúdo e experiência entregar aos participantes e de que forma fazer isso.

Para quem?

Para Nayara Ruiz, gerente de redes sociais do Bradesco, o fundamental é entender o que as pessoas esperam de uma marca, utilizando as ferramentas disponíveis, como redes sociais, por exemplo, para responder às expectativas e criar uma conexão real com as pessoas.

Fábio Meneghati, COO e vice-presidente da Mood/TBWA, complementa e afirma que as redes sociais são ferramentas ideais para entender o perfil do cliente, seus desejos, anseios, medos a fim de antecipar os resultados e oferecer uma experiência mais completa que atinja as expectativas dos clientes.

Rodrigo Cordeiro, da MPI, Nayara Nunes, do Bradesco, Fábio Meneghati, da Mood, e Tonico Novaes, da Campus Party

Rodrigo Cordeiro, da MPI, Nayara Nunes, do Bradesco, Fábio Meneghati, da Mood, e Tonico Novaes, da Campus Party

“Utilizo as redes sociais para começar a mapear o perfil da pessoa que atenderá ao meu evento e entender o que as pessoas querem. Por exemplo, um mega evento como o Oktoberfest. Apenas no Facebook é possível encontrar mais de 400 páginas que citam o assunto. Nesta plataforma as pessoas comentam desde que música esperam ouvir, até a apresentar os problemas que tiveram na última edição. Esse feedback me faz ficar atento aos erros que não podem se repetir, apresentando um evento sempre melhor”, afirma o executivo que destacou que as informações permitem concretizar os sonhos dos participantes e entregar mais do que esperam.

Meneghati ainda afirma que nas redes sociais, os internautas não apenas comentam o evento, mas são fortes aliados do evento, sendo responsáveis, até mesmo, pelo sucesso de um acontecimento.. “As pessoas estão ali para contar suas experiências e convidar os amigos para conhecerem o evento”, pontua Fábio que reforça: “É necessário observar a organização dos eventos pela ótica dos participantes e não pela empresa”.

Por quê?

Por que as pessoas saem de casa para participar de eventos? Foi esta a pergunta do segundo painel que busca identificar o motivo que leva as pessoas a se engajar em um evento, considerando o mundo high tech, onde quase todas as informações estão disponíveis online. Fernando Palauso, gerente-geral da Sociedade de Cardiologia e responsável pela organização de congressos do meio, enfatiza que o cerne da questão são as pessoas.

“Os eventos não vão acabar. As pessoas se reúnem por diversos motivos. Para ter segurança, auto-estima, ser aceito em um grupo, atingir metas, se sentir mais forte e capaz, ter mais poder. Todas essas são respostas. A questão é que as pessoas gostam de se sentir incluídas e um evento é um lugar que agrega pessoas com objetivos semelhantes”, destaca o gerente.

Chieko Aoki, presidente da Blue Tree, complementa e afirma que embora as pessoas busquem tecnologia, elas também querem contato humano. “É um mundo High Tech e High Touch, ou seja, as pessoas querem se encontrar, querem agregar valor”, pontua.

O quê?

Em relação ao conteúdo, os palestrantes são enfáticos. A experiência e a emoção são muito mais importantes que o conteúdo. Porém este tem que ser interessante e agregar valor ao participante. “O conteúdo não é o principal. É a experiência. E experiência é o quê? Emoção! É claro que quem organiza um evento busca um resultado, mas é através da emoção que ele será atingido”, complementa Palauso.

Rodrigo Cordeiro, da MPI, Nuno David, da Mongeral, Duda Magalhães, da Dream Facotory, Fernando Palauso, da SBC, Cesar Nunes, do FOHB, e Chieko Aoki, da Blue Tree

Rodrigo Cordeiro, da MPI, Nuno David, da Mongeral, Duda Magalhães, da Dream Facotory, Fernando Palauso, da SBC, Cesar Nunes, do FOHB, e Chieko Aoki, da Blue Tree

Duda Magalhães, CEO da Dream Factory, cita o exemplo do Rock in Rio. “As pessoas que vão para o Rock in Rio não vão pelo show, vão pelo evento todo. Pela experiência”, explica. O fato pode ser observado pela venda antecipada de ingressos, embora o show tenha sua importância, é ele que motiva a pessoa a participar em primeiro lugar.

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