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Opinião

Um projeto vitorioso

*Jornalista Adolfo Martins

Como Presidente do Grupo Folha Dirigida, organização responsável pela implantação do M&E, temos ocupado, raramente, o espaço editorial desta conceituada publicação. Mas, hoje, temos uma razão muito especial para isso e pedimos a generosa atenção dos leitores habituais de nossas páginas (tanto na edição impressa como na versão digital).

É um pouco de história, uma dose de filosofia jornalística, uma reafirmação da relevante importância do turismo, alguns agradecimentos e uma carinhosa despedida.

UM PEDAÇO DE HISTÓRIA
Quando, há mais de uma década, o projeto do Mercado&Eventos (M&E) foi colocado em nossa mesa, como um desdobramento estratégico do trabalho que nossa organização já realizava no segmento do turismo – um projeto desenhado pela percepção visionária do nosso executivo e CEO do setor, Roy Taylor (um parceiro profissional de longa data), nós acolhemo-lo com grande otimismo.

Era um projeto que trazia no seu DNA, um forte sentimento de entusiasmo (e isso faz toda diferença em qualquer projeto), uma inquebrantável vontade de empreender (sem isso, qualquer projeto se fragiliza), uma experiência profissional consolidada e, além disso, tinha, como plataforma para viabilizá-lo, uma equipe altamente qualificada que já conquistara o respeito do mercado (o principal combustível do projeto).

Acreditávamos que era um projeto destinado ao sucesso (como, realmente, aconteceu). Além de uma equipe competente e comprometida, o projeto tinha a retaguarda de uma estrutura empresarial sólida que o encampou como um objetivo a ser conquistado e um desafio a ser vencido.

Ao longo do tempo e, à custa de um plantio diário, fomos colhendo o respeito das lideranças do setor, fortalecendo nossa credibilidade junto aos profissionais do turismo e angariando importantes parcerias empresariais do segmento.

FILOSOFIA EDITORIAL
Esse plantio a que nos referimos, edição após edição, numa construção paciente e perseverante (não se consolida um jornal de um dia para o outro), foi fertilizado, obsessivamente, por uma diretriz ética, traduzida pelos compromissos que encampamos, pelas convicções que defendemos, pela transparência que implementamos e pela pluralidade de opiniões que praticamos.

A filosofia básica do nosso fazer jornalístico, e essa é a argamassa de todas as publicações de nossa organização (impressas ou digitais), está centrada na independência editorial, na informação correta, no debate plural, na denúncia responsável, na crítica construtiva e no cuidadoso senso de nossa responsabilidade social.

Sempre acreditamos, de forma convicta, que o jornalismo, na sua missão de informar corretamente, de influenciar opiniões, de provocar debates e de instigar reflexões – que o jornalismo não está desconectado de seu contexto empresarial. Isso, entretanto, sob o enfoque ético, não lhe dá o direito de se transformar em mero balcão de negócios. Ou seja: de calar por astúcia; de sonegar fatos por conveniência; de omitir posições por cumplicidade; de barganhar independência por esperteza; ou de ferir sua integridade por sobrevivência.

IMPORTÂNCIA DO TURISMO
Enquadrado na nossa diretriz ética, M&E foi lançado com o firme propósito de servir como porta voz dos diversos segmentos do turismo e pela crença de que esse setor sempre teve e continuará tendo um papel estratégico para nossa economia. Ele pode dar, como nenhum outro segmento, uma contribuição substantiva para nossos avanços sociais, entendidos como inclusão humana, geração de empregos e distribuição de rendas.

Na essência de seu conteúdo, M&E procurou soprar ventos (através de tantas entrevistas) que fortificassem a perseverança dos que lutam (combustível indispensável para enfrentar incertezas); ventos que revigorassem a imaginação criativa (esse santuário interior tão necessário para vencer obstáculos); ventos que reanimassem a coragem (esse sentimento tão fundamental nas tomadas de decisões pequenas ou grandes).

Contrariando a lógica da grande mídia e, mesmo sem abster-se de seu papel crítico, M&E propunha a se tornar (como se tornou) um espaço para abrigar as vozes dos poliglotas do trabalho árduo, dos ideólogos do empreendedorismo, dos propagadores das ações afirmativas, desses que transformam o turismo em eficaz instrumento para humanizar a cultura, estimular a diversidade, democratizar o lazer e, vale repetir, multiplicar empregos, distribuir renda e contribuir para que o país avance no caminho de seu desenvolvimento sustentável.

E sempre que se falar em importância estratégica desse setor, não se pode deixar de fazer uma referência especialíssima aos agentes de viagens (esses parceiros que se tornaram uma das vigas-mestras de nossa sustentabilidade). Eles são os grandes empreendedores (com seu trabalho anônimo, mas fundamental) do nosso turismo; são os admiráveis artífices de sonhos (dessas milhares de pessoas que buscam novos horizontes para seu lazer); são os talentosos ourives de emoções (de tantas experiências inesquecíveis); são, enfim, os incansáveis arquitetos de tantos desejos de tantos. E, aqui, permitimo-nos reverenciar o otimismo e a crença no futuro (apesar de tantos pesares), práticas que tem mobilizado tantos profissionais do turismo em tantas latitudes e longitudes de nosso país.

São profissionais que, a despeito das dificuldades (que não são poucas, nem pequenas), não se afogam no mar do desânimo. Não se desnorteiam no deserto da desesperança. Não fazem coro com os proclamadores da apatia. Não entorpecem o espírito criativo. Não colesterolizam novos sonhos. Não cancerizam as células da esperança. Não amputam sua capacidade de enfrentar desafios e lutar por seu lugar ao sol.

Sem o trabalho deles, sem seu espírito aguerrido, sem seu talento e sua persistência, nosso turismo (que já enfrenta tantas dificuldades pelas razões que todos conhecemos), estaria muito mais fragilizado.

ALGUNS AGRADECIMENTOS
São muitos anos de estrada. São dezenas de eventos e feiras. São algumas centenas de edições. São milhões de exemplares nas nossas revistas internacionais. São incontáveis parceiros. São inúmeros incentivadores. São muitas personalidades do turismo homenageadas em noites de gala do Copacabana Palace. Ou seja, teríamos de editar várias edições especiais, caso quiséssemos nominar tantos que tanto nos apoiaram, ao longo dessa longa trajetória.

Mas, certamente, não poderíamos deixar de citar alguns nomes, a começar por alguns integrantes da valorosa equipe, de ontem e de hoje, responsável por esse bom combate, materializado em cada edição, transformando-a numa tarefa gratificante e emoldurando-a com competência, com entusiasmo e com inestimável dedicação.

Citamos alguns nomes da nossa equipe atual e, através deles, gostaríamos de estender os agradecimentos a todos os integrantes desse time vitorioso: Anderson Masetto, Lísia Minelli, Igor Régis, Mari Masgrau, Pedro Menezes e Eric Ribeiro. Agora, citamos ainda alguns nomes daqueles que, no passado, igualmente nos ajudaram de forma significativa e que, por razões várias, já não estão conosco: Mario Brizon, Natalia Strucchi, Luciano Palumbo, Thaís Hernandes e Luiz Marcos Fernandes. Através deles, estendemos esses agradecimentos a todos nossos ex-colaboradores.

Temos uma legião de grandes parceiros. Ousamos citar alguns, contando com a compreensão de todos os demais. Foram parceiros a quem ficamos devendo aquele estímulo permanente tão fundamental para cada etapa de nosso projeto editorial: Caio Luiz de Carvalho, Tasso Gadzanis, Walfrido dos Mares Guia, Eduardo Sanovicz, Adenauer Góes, Luis Paulo Luppa, Juarez Cintra, Elói D’Avila, Dilson Jatahy, João Araújo, Eduardo Nascimento, Guilherme Paulus, Valdir Walendowsky, Domingos Leonelli, Oreni Braga, Mario Carvalho, Tarcisio Gargioni e Vinicius Lummertz. Através deles deixamos uma palavra de gratidão a tantos e tantos outros (os quais, por limitação de espaço, estamos impossibilitados de nominar) e que sempre nos ofereceram o estímulo de seu apoio.

E, aqui, renovamos os agradecimentos a cada um dos profissionais que atuam nos diversos segmentos do turismo. São parceiros de ontem e de hoje que nos incentivam, nos leem, nos acompanham, nos prestigiam, nos creem, nos credibilizam e, assim, nos fortalecem. Somos-lhes também muito gratos.

E, por fim, um agradecimento fraterno e uma despedida carinhosa. Por razões estritamente pessoais, a partir desta edição, estamos transferindo o comando do M&E para uma dupla que dispensa qualquer apresentação e que, em grande parte, foram a força-motriz desse projeto M&E: referimo-nos ao Roy Taylor e à sua extraordinária escudeira Rosa Masgrau.

Cultivamos uma convivência profissional e uma amizade fraternal com Roy Taylor que já ultrapassa a marca das três décadas. Durante todo esse período, essa relação profissional só fez aumentar nosso respeito pelo seu perfil de competência e de inteireza.

Quem tem convivido com ele, conhece bem, como nós, seu perfil de um profissional íntegro, batalhador e competente. E de uma pessoa sempre disposta a oferecer sua colaboração naquilo que estiver ao seu alcance. Ao passar-lhe o bastão do M&E, desejamos-lhe todo o sucesso (esse sucesso que, até aqui, ele e Rosa ajudaram-nos a consolidar).

Que ele dê continuidade a essa obra que se tornou referência do turismo nacional e internacional. E que ele possa preservar sempre a filosofia editorial que nos trouxe até aqui. E que, estamos certos, não terá desvio de rota.

Boa sorte, Roy.

(*) O Jornalista Adolfo Martins é Presidente e Fundador do Grupo Folha Dirigida

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