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Hotelaria e Alimentação

Apesar da Recessão

O recente Congresso da Abav Nacional apresentou um paradoxo: menos expositores e diminuição da área de stands, sendo estes menores e mais modestos. Foi registrado, porém, um aumento de visitantes. Isto denota que os profissionais estão ávidos por conhecer e principalmente interagir com fornecedores de todos os segmentos, para buscar novidades, preços mais competitivos, parcerias profícuas e oportunidades de negócios.
Em uma conjuntura de mudança da tendência do exportativo para o turismo interno, face a uma cotação desfavorável do real frente a outras moedas, hotéis nacionais devem estar atentos a como modelar seus produtos tanto para atrair o brasileiro que deixará de viajar para o exterior, como para contemplar mercados periféricos sul americanos. O mercado argentino deve ser visto com um foco especial por ter restrições para sair do país com divisas, ofertando um custo benefício adequado em todas as faixas de demanda, como inovando no caso de meios de hospedagem urbanos, incluindo meia pensão nos pernoites de pacotes previamente vendidos.

Os resorts brasileiros devem ampliar neste verão,  a sistemática do tudo incluído, não só facilitando a aquisição pelo cliente dos pacotes comercializados com antecedência, como também criando um hábito junto ao consumidor interno de planejar sua férias, pois permitirá também, apesar das restrições creditícias , financiar suas  estadas de lazer.
Estas práticas buscam compensar a diminuição do hóspede corporativo que dado ao PIB frágil pela crise econômica que o país atravessa, levam a hotelaria a ser criativa e não se acomodar à perda de receita, pois os custos não param de crescer.

O aumento de PIS/Confins nos próximos meses, a perda do Brasil Maior, outro aumento de energia elétrica e inflação de insumos, além dos reajustes salariais, que dificilmente poderão ser repassados na integra para as diárias, demandam gestão com foco de produtividade, para atravessarmos este período difícil que vivemos.

Sob este prisma, a união das entidades representativas dos meios de hospedagem se faz necessário, para o encaminhamento das demandas tão necessárias, para evitarmos problemas maiores advindos do Congresso Nacional, bem como dos legislativos estaduais e municipais das capitais. Uma boa notícia neste campo foi a revogação da tutela antecipada que dificultava a atuação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e de Turismo (CNC) em prol do setor turístico.

Independente da lide pela representatividade sindical patronal neste campo, é inconcebível que o comércio não ajude o segmento de viagens. Esperemos que estas boas notícias, como a provável liberação dos vistos de entrada para americanos e outras nacionalidades durante as Olimpíadas ajudem a criar um clima favorável de ambiente de negócios até o fim do ano.

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