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Blogs / Redação ME

Jamaica: o mais novo point brasileiro no Caribe

Centro de Montego Bay

Centro de Montego Bay, região também conhecida como MoBay

Lá em 1494, quando o histórico Cristóvão Colombo chegou pela primeira vez a Jamaica, na época em que descobria as Américas, descreveu-a como “a ilha mais bonita que os meus olhos já viram”. Na época, porém, mesmo certo, Cristóvão não imaginava que exatos 520 anos depois, hoje em 2016, a descoberta da ilha se daria pelo “boom” turístico responsável por atrair milhões de turistas internacionais a cada ano. Ao todo, cerca de US$ 60 bilhões foram destinados à infraestrutura turística da ilha, que ganhou, de 2012 para cá, mais de 26 mil novos quartos administrados por bandeiras que jamais tinham pisado na terceira maior ilha do Caribe antes.

Para se ter uma ideia, até setembro, cerca de 1,6 milhão de turistas tinham desembarcado na Jamaica, que recebeu investimentos suficientemente capazes para fazê-la surgir como o novo point turístico oficial do Caribe. Tanto é que 21 mil novas fontes de emprego foram criadas com ligação direta ou indireta com o turismo nos últimos quatro anos, sem falar na construção do Centro de Convenções de Montego Bay e a chegada de marcas hoteleiras nos últimos anos, como Marriott, Moon Palace e Courtyard.

Depois de ter sido descoberta por Cristóvão Colombo, a Jamaica acabou conquistada pelos ingleses em 1650, que a converteram numa colônia ativa e rica, chegando a ser conhecida como a “jóia da coroa inglesa”, obtendo a sua independência da Grã-Bretanha em 1962. É por conta disso que, apesar da proximidade com diversas ilhas que falam espanhol, a Jamaica tem como língua oficial o inglês. Inglês, este, que é bem treinado por aqui, já que o turismo, que é uma das maiores fontes de riqueza da ilha, vive em grande parte do volume dominante de norte-americanos que lá desembarcam. Para eles, a ilha é um destino muito procurado para lua de mel e para fugir do rigoroso inverno do hemisfério norte-americano. Afinal, um voo de apenas 40 minutos liga Miami à Jamaica. A verdade é que não é possível ver muitos brasileiros passeando pela Jamaica, muito por conta do fácil acesso a outros destinos no Caribe e por ter sido um produto caríssimo até pouco tempo atrás, característica que aos poucos vem mudando e que precisa ser descoberta pelo mercado brasileiro.

Para Luciana Alonso, representante da JTB no Brasil, o mercado nacional está voltando a acreditar na Jamaica. “Era um produto caríssimo, com poucos resorts, sistema all-inclusive, sem grandes opções. Agora, o brasileiro volta a acreditar no destino, já que ganhamos novos hotéis, chegaram grandes marcas internacionais e a oferta aumentou e se diversificou. Hoje, por exemplo, temos hotéis budget e unidades com vários planos de alimentação, o que acaba facilitando a vinda de diferentes perfis de turistas para conhecer a ilha”, disse.

Com os números ainda por fechar em relação ao ano de 2015, o Jamaica Tourism Board já pode até “cantar vitória” com antecedência. Isto porquê, só em 2015 foram adicionados mais de 1.200 quartos à cadeia hoteleira da ilha. O mercado brasileiro apresentou um crescimento expressivo de 12,7% de 2014 para 2015, bem mais que o dobro registrado, por exemplo, de 2013 para 2014, quando o aumento foi tímido, perto dos 5%.

Conhecida pelos resorts de luxo, pelo povo hospitaleiro, pela natureza exuberante, pela areia branca de dar inveja, pela comida bem-temperada, pelo rum, pela filosofia rastafári, pela música de Bob Marley, a Jamaica é parte do arquipélago das Grandes Antilhas, no Caribe, e possui um número incontável de atrações turísticas naturais.

Podemos dividir a Jamaica em quatro regiões principais: Montego Bay, Ocho Rios, Negril e Kingston (capital), na qual cada uma possui suas peculiaridades, estilo de praias, infraestrutura e atividades.

Pôr do sul em Negril, um dos pontos turísticos mais importantes da Jamaica

Pôr do sol em Negril, um dos pontos turísticos mais importantes da Jamaica

Negril
Na ponta oeste da Jamaica encontra-se Negril, um dos mais importantes centros turísticos do país. Ideal para os que procuram relaxar e aproveitar as belíssimas praias. O privilegiado ambiente natural é ideal para a prática de muitas atividades, no mar ou em terra firme. Ao cair da noite, Negril e as suas praias enchem-se de festas, num ambiente tipicamente jamaicano. Negril é uma região muito procurada pelos turistas pela fama de ter vida noturna agitada e mar tranquilo. Ostenta uma das praias mais extensas e concorridas da Jamaica, a Seven Mile Beach. Com 12 quilômetros de areia branquinha, água cristalina e serena, mais parece uma lagoa. Lindíssima! É o paraíso para a prática de mergulho e todo tipo de esportes náuticos.

Montego Bay
Conhecida também como a região de MoBay, carinhosamente chamada pelo nativos, Montego Bay está localizada a noroeste da capital Kingston. A cidade, que é considerada a capital turística da ilha, também abriga o maior festival de reggae do mundo, o Reggae Sumfest, que completará 25 anos agora em 2017. Nela, estão localizadas algumas das praias mais procuradas da Jamaica, como a Walter Fletcher, que fica dentro do Parque Temático Aquasol e a Doctor´s Cave Bay, no Parque Marinho de Montego Bay. A primeira, de águas tranquilas e areia fina, é perfeita para quem procura diversão. Lá, é possível alugar jet skis, andar de banana boat, pular de trampolins aquáticos e se hospedar em grandes resorts.

Litoral de Ocho Rios pela vista do Moon Palace Jamaica Grande

Litoral de Ocho Rios pela vista do Moon Palace Jamaica Grande

Ocho Rios
A porta de entrada dos grandes navios de cruzeiro, também é palco de belas cachoeiras, do turismo de aventura e dos grandes resorts. Ao ritmo do reggae, em Ocho Rios é possível descobrir as quedas d’água espetaculares, parques naturais exuberantes e profundezas marinhas riquíssimas. Na Dolphin Cove, por exemplo, que é um aquário marinho natural construído na praia, é possível nadar com tubarões, arraias ou golfinhos. Umas das mais belas baías do país, Discovery, está em Ocho Rios. O nome do local é alvo de polêmica. Até hoje disputa-se se esse foi o primeiro lugar da Jamaica que Cristóvão Colombo visitou ou outro lugar, 10 km a leste. Para levar alguma lembrança da cidade, o melhor lugar é o Craft Park, um mercado aberto. Reservar um tempo para dar uma passada por Nine Miles também vale a pena.

Kingston
A capital financeira da Jamaica guarda poucas atividades turísticas, se a gente for comparar com as outras três regiões abordadas acima, no entanto, para aqueles que querem conhecer a cidade grande da Jamaica, o seu cotidiano, o lado histórico, as arquiteturas mais modernas, o centro financeiro, Kingston é,de fato, o lugar. É lá que fica também o museu do Bob Marley, o comércio, os negócios, escritórios, cultura e vários prédios com arquitetura moderna. É impossível conhecer a capital sem visitar o distrito de New Kingston, conhecido como “batimento cardíaco” da Jamaica.

AMResorts: uma das maiores cadeias hoteleiras de luxo de toda a ilha
Impossível falar da Jamaica sem citar os resorts de luxo. E tem uma administradora internacional que terá, até 2018, uma das maiores cadeias hoteleiras de luxo de toda a ilha: é a AMResorts, que terá em seu portfólio exatos 1.329 quartos divididos por seis hotéis até janeiro de 2017. Uma cadeia que reunirá quatro bandeiras e públicos bem diferentes em uma mesma cidade, e que registrará quase 100% de crescimento em número de quartos entre 2015 e 2017. Além dos já de pé Secrets St. James e Wild Orchid, Sunscape Cove e Sunscape Splash, nos dias 23 de dezembro de 2016 e 15 de janeiro de 2017, a administradora abre as portas de dois novos hotéis: Breathless Montego Bay e Zoëtry Montego Bay, respectivamente. Os seis hotéis, em operação conjunta a partir de 2017, farão da administradora de resorts de luxo uma das maiores de toda a Jamaica e a maior da Costa Oeste do país em número de quartos.

NÃO DEIXE DE VISITAR
Rick’s Café: Localizado na cidade de Negril, é um dos lugares que está mais na moda, sendo frequentado por todos os tipos de pessoas. Já foi um refúgio junto às falésias perto da praia, mas desde 1974 se transformou num ícone jamaicano. Lá, pode-se ouvir reggae ou música caribenha, enquanto se toma uma cerveja gelada e aprecia-se um dos mais bonitos pôr-do-sol do mundo. A sua localização é impressionante, já que se situa sobre as falésias de Negril, o que acaba virando uma das atrações turísticas da ilha, já que diversos “saltadores” da própria região se reúnem para se atirarem de diversas “plataformas” naturais direto ao mar, atividade que acaba instigando os turistas mais corajosos.
Dunn’s River Falls: Situadas em Ocho Rios, tratam-se das cataratas mais famosas da Jamaica. As cascatas vão caindo em direção ao mar de uma altura máxima de 180 metros. É um dos lugares de visita obrigatória para quem vai a Jamaica. Em uma das quedas, é possível fazer um tour bem refrescante de baixo para cima. Em uma experiência que dura cerca de 45 minutos, cada grupo sobe a River Falls e descobre suas dificuldades e peculiaridades. A agua corrente e doce forma diversos bolsões d’água entre as pedras, piscinas naturais que servem de “descanso” para cada parte da subida. Além do viés turístico, a cachoeira é considerada um dos tesouros da Jamaica.
Dolphin Cove: É considerada a atração número 1 da Jamaica. Seja em Montego Bay, seja em Ocho Rios, o Dolphin Cove apaixona qualquer turista adepto da vida marinha. Trata-se de um aquário marinho natural construído na praia, onde é possível nadar com tubarões, arraias ou golfinhos, fica a seu critério. Inaugurado em fevereiro de 2001, o programa de interação com os animais está entre os melhores do mundo e, após 15 anos, o Dolphin Cove foi considerada a atração do ano pelo prêmio Jamaica Hotel & Tourist Award for Attraction of the Year 2013.

Gastronomia
Se conseguir escapar da comida dos resorts,  poderá se surpreender com a interessante comida creole jamaicana. Os onipresentes churrascos de carne, porco e frango conhecidos como jerk beef e jerk chicken, marinados em um molho agridoce um tanto apimentado e assados a baixa temperatura com uma madeira especial, são deliciosos. Normalmente vem acompanhados com pratos de arroz soltinho, feijão e uma saladinha típica jamaicana. Com uma cerveja Red Stripes, então, fica perfeito, porque a boca fica “pegando fogo” com o “tempero”. As carnes são apimentadas pela própria fumaça da madeira utilizada para fazer o churrasco!

Outro reino gastronômico na Jamaica são os ótimos pescados, sempre muito frescos e em abundância. Assados na brasa, fritos ou cozidos, com preparações que cruzam influências francesas, africanas e inglesas, são difíceis de decepcionar. Completam o cardápio nacional os meat patties (pastéis de carne encontrados em todos os cantos) e o bammy, tortas de mandioca consumidas pelos índios Taino, os habitantes originais do arquipélago.

COMO CHEGAR
Existem atualmente duas maneiras de chegar à terceira maior ilha do Caribe. A primeira é mais simples, mais rápida e qualquer brasileiro com passaporte em dia pode “aproveitar”: viajar com a Copa Airlines. A partir de Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras cidades operadas pela companhia panamenha, é possível pegar um voo direto para o hub na Cidade do Panamá e a partir dali, embarcar para mais 1h30min de voo até Montego Bay, por exemplo, um dos Aeroportos da Jamaica. Caso queira desembarcar pela capital Kingston, voos que duram 15 minutos a mais também são operados pela Copa Airlines via Panamá.

A segunda opção tem um maior número de voos, mas nem todos os brasileiros mesmo com o passaporte em dia podem aproveitar: voar nas asas das companhias norte-americanas! Embarcar em um voo da American, da Delta ou até da United para seus hubs nos Estados Unidos e, logo após, pegar um voo para a Jamaica é só para quem possui visto norte-americano

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