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Blogs / Hotelaria e Alimentação

Os prejuízos das decisões extemporâneas

O momento econômico é delicado: na mais grave crise da história do Brasil, as empresas veem seus resultados em baixa, corroídos pela escalada da inflação e pelo desemprego, que afeta o mercado turístico. No setor, os empresários se esforçam para driblar os efeitos da queda nas taxas de ocupação tentando manter inalterados os valores das diárias independentemente da inflação. Neste cenário desfavorável, o setor hoteleiro foi surpreendido pela decisão extemporânea das agências de viagens online de reajustar as taxas de comissionamento cobradas pelas reservas feitas por meio de suas plataformas.

O aumento, de 19% para 22%, tem um impacto bem maior do que somente dois ou três pontos percentuais: a mudança atinge toda a cadeia de custo da operação hoteleira. Ou seja, o reajuste representa a redução de uma rentabilidade que já vem em queda e baixa ainda mais a margem de resultados. Na sequência, virão as demissões, ampliando um contingente de que precisa ser combatido, não reforçado.

Mas a alta representa também prejuízo para os consumidores, pois a impossibilidade de absorção dos novos percentuais levará ou à saída dos hotéis da parceria, diminuindo a quantidade de opções aos clientes, ou ao repasse do aumento, com consequente elevação de preços, ao consumidor. Qualquer que seja a escolha do hotel, todos sairão perdendo, do consumidor à agência.

As agências de viagem online representam, cada vez mais, um dos principais canais de comercialização para a hotelaria. A pesquisa de preços e o fechamento de reservas pela Internet tornaram-se um hábito cada vez mais comum entre os consumidores, evidenciando a importância deste modelo de negócios dentro da cadeia turística e comprovando que estas empresas são mais do que um elo entre turistas e cadeias hoteleiras – são também grandes parceiros de negócios.

O momento é de união, entendimento e convergência de posições. Afinal, a delicada situação econômica impõe cautela nas decisões empresariais e demanda união de forças entre o empresariado. Não faz sentido caminhar para direções opostas, principalmente durante uma crise.

É hora de trabalhar para superar a crise e fazer do turismo a atividade impulsionadora da economia, que ajudará o Brasil a voltar a crescer. Não desperdicemos este momento.

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