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Reflexão

É tempo de se ocupar, não de se preocupar

Há pouco tempo, o futuro chegou. Marty McFly, do filme De Volta para o Futuro, voou de 1985 para 2015, quando se deparou com um futuro cromado, de carros voadores e hologramas que engolem transeuntes. No dia de sua chegada, muito se falou sobre o que se concretizou ou não desta fantasiosa previsão. Mas, particularmente, prefiro um outro prisma sobre o tempo.

Quem se preocupa demais, e se ocupa de menos, fica preso a sua própria época, saudoso pelas antigas atitudes. Entretanto, inevitavelmente, tecnologia e novas condutas causam transformações, muitas vezes drásticas, que fazem repensar qualquer modelo de negócio.

Os comportamentos mudam. As novas gerações assumem seu papel nem sempre pedindo licença para entrar. Baby Boomers, Geração X, Geração Y e, por fim, Millennials. Cada uma é continuação e consequência da outra. Quem começou lutando por sobrevivência passou a optar por casar e ter filhos mais tarde, focar nos estudos e na carreira, viajar e fazer a diferença no universo em que vive.

Neste ponto, a tecnologia tem papel fundamental que conecta as gerações. O jovem tem urgência para realização, ao passo que respeita a história e jornada percorrida por seus antecedentes. O que mudou foi o meio e o modo. Pedir a bênção aos avós deixou de ser um hábito, mas o  “olá” para toda família em grupos de whatsapp e em outras redes sociais é uma regra diária.

Em nossa indústria de viagens, turismo e eventos, por mais resistência que perdurou de tempos outrora, todos têm plena consciência de que é preciso rever seu negócio, utilizar tecnologia emergente e buscar por fornecedores que ofereçam novas soluções. A forma de encarar mídia mudou, afinal, não são apenas mais rádio, televisão e jornal; hoje temos um leque de opções on e offline e uma geração de jovens que produzem conteúdo multimídia, conversando diretamente com seu público. Surge, assim, um novo olhar sobre parceria, onde a fortaleza é construída por diversas mãos.

Estamos vivendo uma época de ruptura e conflito do moderno contra o consolidado. A essência do compartilhamento traz um olhar inédito sobre o consumo de serviços, criando, inclusive, novas possibilidades. Por exemplo, presenciamos o crescimento em número de hostels, empreendimento baseado no compartilhamento, e em sua taxa de ocupação, representando um público emergente em São Paulo, que precisa de alternativas mais em conta e que busca pela experiência do “share”. O mesmo vale a aplicativos como o Airbnb e o Uber que, por mais que precisem de adequações legais, surgem como inovação em um mercado consolidado por décadas. Idem para ferramentas de booking. Enquanto ficarmos pensando com a cabeça do ontem, não vamos conseguir pensar no amanhã.

A conexão virou onipresente. A internet tem automatizado processos. A troca de experiência entre pessoas reais, mesmo que feita de forma virtual, se tornou potencialmente mais influente do que uma campanha de marketing. Aplicativos, sites e portais de checkin, resenhas e avaliações são alimentados a cada minuto pelo usuário. Cabe ao estabelecimento ou evento fazer proveito desse conteúdo.

O futuro chegou e não é como se previu nos cinemas. A única certeza imutável é que nada será como antes.

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