Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Blogs / Reflexão

Ser imortal

O conceito de imortalidade pode trazer diversas interpretações. Uma delas é que a imortalidade se resume em ser lembrado, em não ser esquecido. Ou seja, é o desejo de dar continuidade ao legado mesmo após a morte. E a única maneira de fazer isso é por meio da memória dos outros, dos que ficam.

A presença na memória de outrem é resultado de como se vive a vida. Na verdade, ser imortal é fruto do como se lida com a mortalidade. Vem da equação de como se vive a vida, onde se investe o tempo, qual mensagem está sendo passada e qual o legado será deixado.

Há muitas pessoas memoráveis – e imortais. Lemos Britto, falecido em maio do ano passado, por exemplo, era o “homem das coisas impossíveis”. Ele se imortalizou pela sua inquietude e capacidade de realização. Foi uma daquelas raras pessoas que são sonhadoras e realizadoras ao mesmo tempo, que carregam consigo a cabeça idealista e os braços operacionais de “fazer acontecer”.

Certa vez, ele se definiu como alguém que, ao nascer, ganhou um passaporte que dava direito a fazer tudo que quisesse, mas fora alertado de que era preciso trabalhar dia e noite e colaborar com as outras pessoas, se não esse passaporte perderia a validade. Há frases que definem e imortalizam de alguma forma. Esse é pensamento é um deles.

Qual mensagem pode ser deixada por cada um? Por quais frases as pessoas serão lembradas?

As coisas acontecem com quem acontece. Acontecer, afinal, é um conceito interessante. Lemos Britto fez muitas coisas acontecerem, da Augusta Chic aos shows de Hebe Camargo, Chico Anísio e muitas feiras e exposições. Foi  pioneiro como o primeiro produtor independente do país e fundador da Lemos Britto Multimídia, Congressos, Feiras e Eventos. Foi um verdadeiro “acontecedor”.

Existem pessoas que são criadoras de futuros. Mas, como dizia o Britto, é preciso trabalhar dia e noite e colaborar com as pessoas para realizar as coisas. Não se faz nada sozinho.

A vida é feita de relações, de convivência e de encontros, o que tem muito a ver com a indústria dos eventos, viagens e turismo. É nela que encontros são facilitados, espaços de convivência são criados, relações promovidas e vidas instigadas, estimuladas e incentivadas ao movimento.

A vida é um recurso precioso, não pode ser usada em vão. Agora, a reflexão que vale, é: como, com quem, para quem e para o quê a vida está sendo usada. Perguntas dignas para todos os dias de manhã, ao acordar, com respostas para todas as noites, ao se deitar.

No fim, o que imortaliza alguém são as pessoas tocadas e que tocam ao longo da vida. Todos são mortais na memória daqueles com quem se compartilha a vida, fazendo parte de um todo, incorporando a responsabilidade com aqueles que dependem e com aqueles que são dependidos.

Interdependência é a palavra.

A forma como se lida com a interdependência que imortaliza alguém, de fato.  Já que as coisas acontecem com quem acontece, acontecer juntos é o caminho certo, enquanto ainda há tempo para acontecer.

Receba nossas newsletters