Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Blogs / Hotelaria e Alimentação

Turismo na pauta das eleições

Estamos chegando ao final da gestão do ministro do Turismo, Marx Beltrão, que deve se encerrar dia 7 de abril, prazo final para se desincompatibilizar do cargo, se quiser renovar o mandato político para 2019. Devemos ressaltar que, apesar de curta, sua gestão foi muito partícipe junto ao trade e produziu resultados efetivos, como a implantação dos vistos eletrônicos de acesso ao Brasil para turistas e visitantes americanos, canadenses, japoneses e australianos.

Se mais não fez, foi porque não houve tempo, contou com um orçamento débil, não tinha uma equipe em número suficiente na pasta, além de perder vários auxiliares que migraram para outros setores por concurso público em busca de melhores salários. Beltrão procurou intermediar junto ao Congresso Nacional as demandas do setor, interagiu com outros ministérios na mediação de outros pleitos, compreendeu rapidamente o segmento e percebeu a potencialidade deste universo da economia que é o turismo.

Ao final, o ministro ainda procura deixar um legado, por meio da proposta de elaboração de um plano para uma política nacional de turismo quadrienal de 2018 a 2022 que, com certeza, poderá ser de grande serventia ao próximo gestor, pois foi feita em conjunto com a iniciativa privada.

Devemos ainda ressaltar sua aproximação com o setor de cruzeiros, na busca de mitigar a burocracia para o crescimento desta atividade; sua batalha para facilitar o desenvolvimento dos parques temáticos; sua dedicação para aumentar o acesso de visitantes aos espaços públicos de reservas naturais; e seu ato final de tentar aprovar no Legislativo o Brasil + Turismo que, se exitoso, propiciará uma modernização da Lei Geral do Turismo, uma forma organizacional de atuação da Embratur mais eficiente e com mais recursos para divulgação do país, e a potencialização da aviação nacional, ao permitir até 100% de capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras.

Beltrão não esqueceu ainda de discutir uma reformulação do Conselho Nacional de Turismo, que carece de melhor operacionalidade, e desenvolver uma campanha publicitária televisiva para estimular o turismo interno. Portanto, merece nosso reconhecimento pelo que fez, pois manteve o gabinete sempre aberto às entidades representativas da classe empresarial e não se furtou de ser o porta voz de todo o espectro dos vários nichos que compõem nossa atividade de negócios.

O que devemos esperar doravante?

Devemos nos manter mobilizados no sentido de garantir que essas pautas permaneçam sendo defendidas por quem venha a assumir o Ministério do Turismo. E não devemos perder tempo. O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Cetur/CNC) já está recebendo as sugestões e propostas de várias organizações setoriais representativas de nossas atividades para consubstanciar um documento que será entregue aos candidatos à Presidência da República, de modo que possamos ser ouvidos com antecedência e deixarmos indelével nossa visão do que almejamos.

Temos certeza de que, se compreendidos em nossa capacidade de gerar renda, emprego e desenvolvimento rapidamente, teremos um lugar de destaque na composição do próximo governo.

Receba nossas newsletters