Havana: uma cidade para ser respirada, vivida e absorvida

Tradicionais carros antigos em Havana

Itinerário: Havana, Maria La Gorda, Cienfuegos, Montego Bay (Jamaica) e Santiago Del Cuba.

Total de Dias: sete.

Expectativas: muitas.

Quando eu embarquei em Havana (Cuba) no navio da Celestyal Cruise, eu não sabia o que esperar. Estava muito ansiosa para conhecer todos os destinos de Cuba e esperava que minha experiência à bordo do cruzeiro fosse incrível, mas não sabia que ia me encantar tanto com cada detalhe. Meu roteiro começou em Havana. Diferente dos tradicionais cruzeiros, o Celestyal Cruise ficou dois dias ancorado na capital cubana. Dando-nos muito tempo para embrenhar pela cidade.

Não sei muito bem o que eu achava que encontraria. Rum e charutos com certeza. Música cubana com maracas e casinhas antigas e coloridas, enfeitadas com carros estacionados. Encontrei tudo isso, claro. Mas muito mais. Perdendo-me pelas ruelas, vi mais do que casas da década de 40 e 50. Vi pessoas. Alegres. Contagiantes. Pessoas interessadas. Que querem saber de onde viemos, o que fazemos ali. Pessoas que querem te indicar o melhor da cidade. Que desejam nos conhecer e compartilhar um pouco de suas vidas. Um povo simples e extremamente simpático.

Pessoas estas que ficam na soleira da porta, sentadas na calçada, batendo papo como se fosse um domingo arrastado. Poucos carros atravessam as ruas. Muitos dos velhos Ford’s estão estacionados junto ao meio-fio, compondo um cenário de filme. Bicicletas por todos os lados levam turistas e encomendas. Uma cidade rica, com muito para ser absorvido.

Entre um muro e outro, ainda é possível observar os resquícios das revoluções cubanas. Imagens do Che Guevara dão cor às paredes brancas, ou gritos de resistências, como “Para siempre Revolución”, inspiram os moradores locais. Em contraste, galerias de arte abrem suas portas em ruelas desconhecidas. Chamando atenção para telas impressionantes e fotografias sensíveis e criativas. Havana é uma daquelas capitais onde os detalhes fazem a diferença e lugares especiais estão apenas à espreita, esperando para serem descobertos. Se perder pelo local é mais do que uma expressão. É uma obrigação que nos leva aos mais fascinantes bares e lojas.

Claro que dois dias não foram suficientes para suprir minha sede por informações. Mas durante o cruzeiro, fui sendo alimentada com fatos históricos e culturais que pouco a pouco me aproximaram dos cubanos. Isso porque o Celestyal faz parte do programa People to People. Embora tenha um foco no público americano – para visitarem o país, os turistas provenientes dos Estados Unidos precisam realizar tours que ensinem um pouco do dia a dia dos cubanos e da história do país – o projeto fornece preciosas informações para entender a complexa política e a história do destino.

Para isso, durante o cruzeiro, palestras e seminários são apresentados aos passageiros, bem como aulas de espanhol, dança, gastronomia e muito mais. Um imersão cultural que nos transporta à Cuba. Uma viagem que antes mesmo de acabar, já nos completa e acrescenta. Mexendo na alma e provocando mudanças na nossa forma de ver e apreciar o mundo ao nosso redor. Viva Cuba!