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Feiras e Eventos

Entender o novo modelo de consumo é essencial para reinventar os eventos, aponta painel no Esfe

Primeiro painel do Esfe discutiu a disrupção dos eventos e feiras

Em um contexto em que tecnologia, informação e inovação são as palavras da moda, é impossível pensar em organização de eventos que não acompanham as mudanças, parados no tempo e obsoletos. Não obstante, isso é o que mais acontece. Pelo menos é o que apontam os participantes do painel “Feiras: momento de disrupção”, que acontece no 12º Esfe, em São Paulo.

Marco Baddo, diretor-geral para América Latina do Informa Group, pontua que as empresas são resistentes a mudanças e à sair da inércia, sendo assim, atropeladas. “Temos que entender quem é o nosso cliente e como ele está mudando, para mudarmos junto com ele. O cliente está muito mais informado e não aceita uma imposição do mercado”, explica.

O superintendente da Associação Paulista de Supermercados, Carlos Correia, complementa. Correia destaca que o perfil do consumidor mudou em todos os segmentos e isso é diretamente proporcional à forma como o cliente adquire e consume os produtos ao seu entorno. Mesmo os produtos mais básicos e essenciais como alimentação. De acordo com Correia é ingenuidade acreditar que a pessoa precisa sair de casa e ir até um supermercado para comprar um produto.

“O estilo de vida hoje é muito determinante sobre como as pessoas consomem os produtos. As famílias diminuíram, os imóveis diminuíram, a forma de consumir mudou. Tudo passou por uma transformação. Não existe mais a necessidade de uma pessoa sair de casa para comprar um alimento. Atualmente, os aplicativos e ferramentas digitais conseguem inclusive oferecer experiências melhores e mesmo exclusivas, que a loja física não oferece”, enfatiza o executivo, que apontou a importância de se renovar e acompanhar as mudanças de comportamento dentro de um mundo extremamente tecnológico.

Menos decoração, mais ação e união – Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions, enfatiza a diferença entre os eventos brasileiros e internacionais. Para o executivo o dinheiro não é bem empregado, sendo gasto em estandes grandiosos e menos focados no que importa que é a geração de negócios.

“Os eventos no exterior oferecem mais oportunidades para geração de negócios, enquanto no Brasil tudo é muito cheio de ‘firula’. As pessoas fazem catedrais e não estandes. O momento de disrupção às vezes não é apenas tecnologia, mas a quebra dos paradigmas referentes a investimentos. A disrupção pode ser um momento econômico ou de tecnologia”, esclarece Almeida.

Segundo ele, o setor de evento precisa saber como se colocar no mercado levando em consideração o momento macro-econômico, a crise e a disrupção no modelo aspiracional. “A geração de milenials não pode olhar os eventos como coisa de ‘tiozinho’. E sim com importância”, destaca o vice-presidente que mostra a importância de inovar: “Um evento é um organismo vivo. Quando você acabou de criar, já está na hora de repensar e se regenerar”, conclui.

Embora o índice de confiança tenha voltado a subir e as pessoas estejam mais dispostas a tomar decisões mais racionais e focadas, o desafio agora, principalmente no momento de crise, é pensar em um trabalho conjunto, oferecendo melhores condições para atrair os clientes. “Na era da internet, a presença física é muito relevante. Temos que pensar maneiras e trabalharmos juntos, de forma a oferecer uma melhor condição para o cliente estar presente e consumindo o nosso produto. Por que não nos unimos e contratamos serviços de catering ou transportes juntos, por exemplo? Isso seria um diferencial e tornaria o evento mais acessível”, afirma.

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