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As quatro maiores companhias brasileiras sofrem com a queda da demanda (Foto: Eric Ribeiro/M&E)
O mercado de transporte aéreo no Brasil seguiu em queda no mês de abril. Segundo dados da Abear, a demanda consolidada por viagens domésticas recuou 12,2% no mês passado, o que representa mais um dado alarmante para o setor. A estatística mostrou ainda uma aceleração em relação a queda apurada em março (-7,35), atingindo a nona baixa seguida. Para se ter uma noção do quão negativo está o resultado, esse foi o pior desempenho mensal da demanda doméstica dede fevereiro de 2013 – e o pior desempenho do indicador para um mês de abril desde 2012.
O encolhimento da oferta, reduzida em 10,3% em abril, voltou a acontecer em patamar inferior ao da queda da demanda. Isso levou à piora de 1,73 ponto percentual no fator de aproveitamento das operações, resultando numa ocupação de assentos de 79,30% no mês.
Em abril foram registradas 6,8 milhões de viagens domésticas, 12% abaixo do mesmo mês de 2015. Em termos absolutos, esse foi o pior resultado mensal desde fevereiro de 2013 e o mais fraco volume de passageiros para um mês de abril desde 2012. Na comparação das estatísticas domésticas acumuladas nos quatro primeiros meses de 2016 frente ao mesmo período de 2015, a demanda tem baixa de 6,5%, para uma oferta reduzida em 5,3%. O fator de aproveitamento recua 1,09 ponto percentual, para uma ocupação de 79,83%. O total de 29,7 milhões de passageiros transportados em voos dentro do Brasil é 7,3% inferior ao registrado no ano passado.
O transporte aéreo internacional (contando apenas com companhias brasileiras, que corresponde a aproximadamente 25% do mercado) também mostra contágio pelo ciclo de desaquecimento econômico que afeta a atividade doméstica.Em comparação a abril de 2015, a demanda internacional teve queda de 3,6%. Nesse caso os números absolutos são os mais baixos para um mês qualquer desde junho de 2014, também os piores para abril desde o mesmo ano. Ao todo, foram transportados 546.000 passageiros pelas quatro companhias aéreas brasileiras, a menor quantidade de passageiros internacionais transportados em um mês desde novembro de 2013 e o pior resultado para abril desde 2014.
Com baixa de 6,8% no mês, a oferta teve redução mais expressiva do que a demanda, levando o fator de aproveitamento a um aprimoramento de 2,7 pontos percentuais, para uma ocupação de assentos de 81,41%. Amparada ainda nos resultados de janeiro e fevereiro, a demanda internacional acumulou alta de 2% nos quatro primeiros meses do ano. No período, a oferta mostrou pequena elevação de 0,3%. O comportamento do mercado se refletiu no aprimoramento de 1,35 ponto percentual do fator de aproveitamento, para uma ocupação de 81,41%. O total de 2,5 milhões de passageiros transportados no quadrimestre mostra uma alta de 4,1% no indicador.
