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Aviação

Boeing se livra de acusação feita por Airbus que envolvia subsídios ilegais; entenda

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De acordo com a Airbus, o rápido e astronômico desenvolvimento da nova família B777X estaria ligado diretamente aos subsídios

Apesar de viverem numa constante harmonia velada, as concorrentes Airbus e Boeing têm farpas trocadas dentro da Organização Mundial do Comércio (OMC). Não é de hoje que uma fabricante acaba acusando a outra de receber subsídios ilegais de seus governos ou de ter até mesmo isenções fiscais, que criariam vantagens indevidas dentro deste mercado competitivo que é aviação. Em novembro de 2016, por exemplo, a OMC tinha concluído de que os EUA teriam oferecido bilhões de dólares em isenções fiscais a Boeing, vantagens que seriam recebidas até o ano de 2040.

Veja também: “Nenhum modelo da Airbus existiria se não fossem os subsídios ilegais”, conclui OMC

Isto ajudaria, por exemplo, o rápido e astronômico desenvolvimento da nova família B777X, que ganha o mercado a partir do fim de 2019. Nesta segunda-feira (04), chega a informação de que a Organização Mundial do Comércio optou por reverter o recurso sobre a decisão de que a norte-americana teria recebido auxílios estatais para a construção de sua aeronave mais recente. Em nota, a OMC afirmou que “rejeitou o pedido sem qualquer base realizado pela União Europeia”.

A Airbus, por sua vez, afirmou que “o jogo está bem longe do fim” já que outras acusações sobre a suposta ajuda ainda serão divulgadas. A fabricante estima perdas de US$ 100 bilhões em vendas por conta dos subsídios direcionados a Boeing. “Os subsídios ilegais ainda são ilegais e precisam ser removidos”, disse. As duas gigantes da aviação estão presas nesta disputa há anos. No ano passado, por exemplo, a OMC tinha dado ganho de causa à União Europeia, que serve de apoio para a Airbus, com relação a afirmação de que a Boeing teria conseguido isenção fiscal para a construção de um centro de produção em Washington.

Na ocasião, os EUA, que representaram a Boeing, recorreram da decisão e asseguraram uma vitória no caso que não dava direito a novos recursos. De acordo com a fabricante francesa, o estado de Washington tinha aceitado promover uma isenção fiscal de US$ 9 bilhões a Boeing. A fabricante norte-american, por sua vez, afirmou que este montante não chegou nem a US$ 1 bilhão. O corpo da OMC agora decidiu que a isenção fiscal não foi totalmente explícita para prevenir as trocas comerciais.

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