Dia 01 de fevereiro de 2018. Quinta-feira escolhida pela Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA) para divulgar os resultados globais do tráfego aéreo de passageiros em 2017. Logo de cara, duas boas notícias: a demanda, medida em RPKs, cresceu 7,6% se comparado a 2016, número superior a média de 5,5% dos últimos 10 anos, enquanto a taxa de ocupação subiu 0,9 pontos percentuais e alcançou o maior número da história: 81,4%.
“O ano de 2017 começou muito forte e os números permaneceram assim durante os 12 meses, sustentados por uma melhoria geral nas condições econômicas dos países. Ano passado, mais de quatro bilhões de passageiros utilizaram a aviação. Enquanto as projeções econômicas permanecem otimistas para 2018, o aumento dos custos operacionais, principalmente com combustível, sugere que é improvável que vejamos o mesmo grau de estímulo de demanda a partir de tarifas mais baixas, como vimos em 2017”, alerta Alexandre de Juniac, CEO da IATA.
Acima é possível ver uma tabela (em inglês) que detalha os resultados alcançados por todas as regiões do planeta. E vamos logo ao que interessa: a América Latina representou 5,2% de todo o mercado de passageiros em 2017. A demanda obteve um crescimento de 7%, enquanto a capacidade cresceu 5,5%. O resultado desta equação é uma taxa de ocupação saudável de 81,8% para o período, aumento de 1,2% se comparado aos 12 meses de 2016.
Com relação somente aos passageiros internacionais, o crescimento de tráfego foi de 7,9%. A capacidade cresceu 6,4% e a taxa de ocupação media subiu 1,1 pontos percentuais, atingindo os 80,6%. Quando o assunto é somente passageiros internacionais, o crescimento chega a 9,3% em 2017, o maior desde 2011. A capacidade cresceu 8% e a taxa de ocupação média chegou aos 82,1% (+1%), a segunda maior entre as regiões. A IATA informa que todas as regiões registraram crescimento de demanda em 2017, lideradas pela Ásia-Pacífico e América Latina.
BRASIL
Quando o assunto é o nosso mercado doméstico de passageiros comerciais, a IATA registra um crescimento de 3,5% na demanda, após uma queda de 5,5% registrada em 2016. Em nota, a empresa informa que o Brasil enfim voltou a crescer, tanto é que a capacidade teve aumento de 1,7% e a taxa de ocupação média dos voos chegou a 81,5%, aumento de 1,4 pontos percentuais se comparado aos 12 meses de 2016.