A Latam Brasil acaba de informar que a internacionalização do aeroporto de São Carlos (SP) deve tornar o Centro de Manutenção da Latam (MRO) mais competitivo mundialmente. Isso se dá em razão da redução dos custos operacionais adicionais exigidos com taxas aduaneiras, diárias, improdutividade dos aviões, combustível, pousos, decolagens e tripulação das aeronaves que saem de outros países para acessar os hangares de manutenção da Latam MRO. A economia se inicia já em fevereiro de 2018 e poderá atingir até R$ 8,3 milhões em 2021.
“Ao tornar o processo mais rápido e eficiente, projetamos um crescimento de 14% da demanda por manutenções pesadas das nossas aeronaves em São Carlos”, diz Alexandre Peronti, diretor geral do Centro de Manutenção da Latam (MRO). “Seremos responsável por 64% das manutenções do Grupo Latam, mantendo anualmente no país R$ 63 milhões, que seriam gastos contratando empresas externas para realizar estes checks”, completa.
A Latam informa que estes custos adicionais têm relação direta com as restrições legais que obrigavam as aeronaves provenientes do exterior a realizarem o desembaraço aduaneiro em aeroportos internacionais do Brasil, antes e depois do MRO, tais como no Rio de Janeiro/Galeão, São Paulo/Guarulhos ou São Paulo/Viracopos, por exemplo. Agora, com a internacionalização, as aeronaves irão direto para São Carlos, reduzindo de quatro para um dia o período de desembaraço aduaneiro.
Nos últimos anos, o Grupo Latam atuou em duas frentes para preparar o MRO para este momento de aumento de demanda a partir da internacionalização do aeroporto local. A primeira frente consistiu em um amplo e detalhado plano de aproveitamento de recursos e revisitação de processos internos. Com isso, o tempo de manutenção de um jogo de trem de pouso, por exemplo, foi reduzido de 90 para 45 dias. Atualmente, o Centro de Manutenção da Latam em São Carlos é responsável por realizar 50% das manutenções das 306 aeronaves do Grupo.