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Aviação

COO da Ryanair pede demissão após crise que cancelou 2.000 voos

Ryanair CEO Michael O'Leary gestures during a news conference in Madrid, September 20, 2012. Ryanair has welcomed a meeting between Irish and Spanish aviation authorities to resolve a dispute between the airline and the Spanish government over safety standards. Ryanair has accused the Spanish aviation authorities of falsifying information on incidents involving its planes, an accusation Spanish officials have rejected.  REUTERS/Paul Hanna  (SPAIN - Tags: TRANSPORT TRAVEL BUSINESS)

Michael O’Leary assumiu que será difícil substituir o atual COO

A bagunça operacional que obrigou a Ryanair a cancelar mais de 2.000 voos até o fim de outubro continua criando problemas internos. Após ser colocada a prova pela própria Alitalia, companhia que estava no radar para uma possível negociação, a low-cost irlandesa se despede do seu diretor Operacional (COO), Michael Hickey, que anunciou nesta segunda-feira (09) que está deixando o cargo no fim deste mês. A decisão foi confirmada pelo próprio CEO da Ryanair, Michael O’Leary.

Hickey torna-se portanto o primeiro executivo de alto escalão da companhia a pedir demissão após o fiasco operacional que forçou o cancelamento de exatos 2.100 voos. O atraso das férias da equipe e a mudança do calendário interno da Ryanair como parte dos aumentos nas provisões de férias para pilotos e comissários foram vitais. “Será um executivo difícil de ser substituído, mas estamos gratos por ele ter aceitado em continuar conosco até o fim do mês para realizar uma transição mais suave ao seu sucessor e completar os projetos em andamento, incluindo um contrato de manutenção de motores e um novo ganhar em Sevilla e Madri”, disse O’Leary.

A decisão de cancelar 2.000 voos e, desta forma, “arrumar a casa” foi alvo de críticas até do Ministro de Assuntos Comerciais da Bélgica, Kris Peeters. “O cancelamento de voos da Ryanair assim em larga escala é inaceitável. Nosso departamento examinou se a Ryanair cumpriu com todas as suas obrigações. A companhia que só utiliza a língua inglesa, embora existam outras nacionalidades reservando voos em seu site, não proporcionou informações adequadas aos clientes sobre estes cancelamentos”, disse.

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Prejuízo operacional, saída do diretor de Operações, desistência da Alitalia e pressão do Ministro da Bélgica são alguns dos problemas criados com o cancelamento de voos

 

A princípio, o prejuízo está calculado em US$ 29 milhões com o cancelamento de voos. Além da perda financeira e da saída do COO, a Ryanair também deixou a chance de investir na Alitalia ir “por água abaixo”. No fim do último mês, a low-cost irlandesa anunciou sua retirada imediata da corrida para garantir certa participação na Alitalia, uma vez que a credibilidade e legitimidade da low-cost foi colocada a prova pela Alitalia por conta dos exatos 702 voos para a Itália que serão cancelados até o fim de outubro.

Na ocasião, a Ryanair disse que para corrigir totalmente o caos causado pelos voos cancelados decidiu descartar todo os interesses de sua administração, a começar pelo fim da possível negociação com a transportadora italiana. “Notificamos os executivos da Alitalia que não iremos mais manter nosso interesse na Alitalia ou realizar qualquer nova oferta pela companhia”, disse o CEO da Ryanair, Michael O’Leary.

A ideia da Ryanair com a possível aquisição da Alitalia era alimentar as rotas de longa distância da aérea italiana com suas operações domésticas e já capilarizadas por toda a Europa. Em outras palavras, a Ryanair poderia virar uma alimentadora oficial doméstica da Alitalia para a realização de voos internacionais de longa distância, um processo em que todas sairiam ganhando. No entanto, tudo “foi por água abaixo”

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