Crise ganha força e faz Azul, Gol e Tam reduzirem a oferta de voos em maio

Companhias apenas se adequam ao panorama econômico brasileiro no momento

A demanda não para de cair e a oferta de voos apenas segue o atual panorama da indústria nacional de aviação. É por conta disso que no próximo dia 1° de maio, Azul, Gol e Tam apenas seguirão o plano estratégico traçado para 2016 e cortarão novos voos. Somente a Gol será responsável por retirar de cena cerca de 180 voos diários, sem falar na redução de frequências e suspensão de novas rotas. Este é o panorama atual de enxugamento de oferta que faz parte dos planos das companhias para recuperar receitas diante da crise econômica. As informações são do jornal O Globo.

Além da retirada em atacado dos voos, a Gol vai deixar de operar em quatro destinos nacionais (Imperatriz, Altamira, Ribeirão Preto e Bauru) e quatro internacionais (Miami, Orlando, Aruba e Caracas), sem falar no adiamento por tempo indeterminado do início das operações para Cuba. No dia 17 de maio, é a vez da Azul iniciar o ajuste de sua malha para o inverno com cortes nas operações para Cascavel e Pelotas, logo depois de ter retirado suas aeronaves dos aeroportos de Pampulha (MG) e Rio Branco (AC). E no dia 22 de maio, a Tam diminui as frequências semanais entre o RIOgaleão e o Aeroporto Internacional de Miami.

Com o enxugamento das rotas, o Galeão perdeu dez voos (de 452 para 442), considerando seis destinos (Salvador, Guarulhos, Congonhas, Brasília, Curitiba e Manaus). No Santos Dumont, o número foi mantido em 702, mas houve redução nas ligações para Congonhas, Brasília e Guarulhos e aumento para Curitiba e Salvador. No caso do Rio, por exemplo, desde o dia 17 deste mês, está suspenso o voo direto da TAM entre Manaus e Galeão (as alternativas são as conexões em Brasília e São Paulo).

No dia 10, a empresa já tinha cortado de sete para cinco o número de frequências semanais entre Galeão e Nova York (JFK). No Santos Dumont, a Azul deixou de fazer a rota para Congonhas (um voo aos sábados), para o aeroporto da Pampulha, de Florianópolis e de Campo Grande. Os ajustes começaram em janeiro e se acentuaram neste mês.