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Aviação

Despesas da Boeing chegarão a US$ 2,1 bilhões no 2° trimestre de 2016

787 Dreamliner Premier - Everett WA - July 8, 2007

Despesas com o B787 chegaram a US$ 847 milhões no 2T16

Embora só divulgue seus resultados oficiais referentes ao segundo trimestre de 2016 no dia 27 de julho, a Boeing já avisou que irá arcar com uma despesa (após os impostos) de US$ 2,1 bilhões por conta de três programas de desenvolvimento de aeronaves comerciais e militares: B787, B747-8 e KC-46. A fabricante reconheceu o impacto considerável que a quantia terá em seus ganhos para o período que vai de abril a junho.

Entre os gastos, estão US$ 847 milhões investidos no B787, US$ 814 milhões de despesas com o B747-9 e US$ 393 milhões de investimento no programa da aeronave militar KC-46. É bom lembrar que as despesas do KC-46 só estão incluídas no relatório da Boeing Commercial Airplanes porque sua unidade está baseada nas plataformas de montagem e manutenção dos B767s.

A Boeing não tem como esconder que teve problemas com o desenvolvimento dos três modelos neste segundo trimestre, mas o tamanho da despesa foi um choque para a fabricante. Os US$ 814 milhões de despesas relacionados somente ao programa do B747-8 é resultado da decisão da Boeing de reduzir a produção para 0.5 aeronaves por mês, medida que está instituída até 2019. Em nota, a fabricante cita a “atual fraqueza no mercado de cargas” para ter tomado esta atitude, explicando que a quantia “reflete uma estimativa menor de produção do B747-8F, o que representa vendas e receitas menores para o futuro da aeronave”.

Mas o que faria um programa de desenvolvimento como o do B787 Dreamliner ter tantas despesas? Desenhar, desenvolver e produzir uma nova família de aeronaves nos dias de hoje é muito arriscado pelo alto custo de produção, manutenção, reparo, treinamento, criação de linhas de montagens e contratos com fornecedores de motores, entre outros serviços. Isto pode explicar o fato de Airbus e Boeing, as duas maiores do setor, não tomarem decisões tão drásticas em relação à nova família de aeronaves. Tanto é que as “novas aeronaves” não são nada mais, nada menos, do que variantes de famílias já existentes, como o A320neo, B737 MAX e B777X, por exemplo.

“Essas são as decisões certas e pró-ativas que fortalecem nosso negócios daqui para a frente”, disse Dennis Muilenburg, CEO da Boeing. “Nosso investimento nas aeronaves B787 para testes pavimentaram o caminho do crescimento de produção do Dreamliner que vemos hoje, além de ter ajudado com melhorias para outras plataformas. Já em relação ao programa de desenvolvimento do B747, continuamos monitorando o mercado cargueiro de aviação e, de forma agressiva, permanecemos controlando a produtividade e reduzindo custos”.

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