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Empresas de arrendamento precisam decidir o que fazer com os A380s
Muitas companhias aéreas definitivamente não compram todas as aeronaves de sua frota. Geralmente as empresas de arrendamento de aeronaves estão no mercado justamente para complementar ou até mesmo criar uma nova frota para uma transportadora comercial. A Singapore Airlines, por exemplo, atualmente opera quatro A380-800s arrendados do fundo alemão Dr. Peters Group. Com o fim do contrato de utilização, as maiores aeronaves comerciais começam a ser devolvidas em outubro de 2017, com término previsto para junho de 2018.
A questão que emerge é: o que fazer com os A380s que irão retornar à frota da empresa que arrenda aeronaves? Existe uma série de opções, e o Dr. Peters Group já começa a cogitar uma solução para não deixar uma aeronave como o A380 parada em seu pátio apenas trazendo prejuízos com manutenção. A Dr. Peters Group não é a única empresa do ramo a enfrentar este desafio. O A380 está cada vez sendo menos utilizado pelas transportadoras comerciais, o que pode levar até a uma onda de desmanche da fuselagem para a “recuperação” de peças valiosas.
A primeira opção do Dr. Peters Group, por exemplo, seria um acordo com o IAG (International Airlines Group), que já tinha expressado o desejo de utilizar A380s de segunda mão para a British Airways. Outra opção seria encontrar potenciais consumidores VIPs para essas aeronaves, como possíveis empresários na América do Norte ou Europa, ou até mesmo grandes sheiks no Oriente Médio.
A380plus foi lançado no mês passado, mas ainda não vingou
A última opção, infelizmente, seria o desmanche da aeronave em diversas partes, a fim de recuperar, por exemplo, os motores Trent 900s da Rolls-Royce que tem valor de mercado de US$ 100 milhões. Este tipo de decisão pode se tornar uma tendência no mercado, já que cada vez mais as companhias aéreas procuram aeronaves menores e mais eficientes. Será que o A380plus, lançado no fim do mês passado, poderia mudar esta tendência? Veremos.
