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Aviação / Política

Novo acordo alivia tensão entre EUA e Qatar sobre política de Open Skies

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As companhias norte-americanas acusam as companhias do Golfo de terem recebido mais de US$ 50 bilhões em subsídios considerados desleais com o mercado

O polêmico acordo de Open Skies entre Estados Unidos e os países do Oriente Médio ganhou mais um capítulo. Nesta semana, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que chegou a um “acordo de entendimentos” com o governo do Qatar, ao abordar diretamente as reclamações e preocupações invocadas pelas companhias aéreas norte-americanas com relação ao apoio direto do governo à Qatar Airways. Em nota, o governo norte-americano informa que o acordo representa o estabelecimento de compromissos importantes e de alto nível político.

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Como você acompanha aqui no M&E, as companhias norte-americanas (American, Delta e United) acusam as companhias do Golfo (Etihad, Emirates e Qatar), desde 2015, de terem recebido mais de US$ 50 bilhões dos respectivos governos federais em subsídios considerados desleais com o mercado. De acordo com as aéreas estadunidenses, estes subsídios foram cruciais para as companhias do Golfo terem dominado boa parte do mercado norte-americano, oferecendo produtos e serviços de primeira linha à preços competitivos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, sempre esteve pressionado pelas companhias norte-americanas para tentar resolver este imbróglio, o que acabou agilizando um pouco as negociações entre os governos. Em nota, o Departamento de Governo afirma que “ambos afirmam as intenções governamentais para promover práticas para uma melhor participação no mercado de suas respectivas companhias aéreas, proporcionando serviços aos passageiros sob o Acordo de Transporte Aéreo entre Qatar e EUA firmado em 2001”.

Com isso, os registros operacionais e financeiros passarão a ficar transparentes já a partir de 2019. A Qatar Airways, por exemplo, passará a divulgar seus resultados financeiros que serão auditados por terceiros e que precisarão ter o reconhecimento de auditores internacionais. Dentro de dois anos, a empresa também terá que divulgar publicamente suas novas transações com empresas estatais e tomar medidas para garantir que tais negociações se baseiem em termos comerciais.

Os oficiais de governo planejam se encontrar de ano em ano para discutir o progresso destas negociações. Já de acordo com a Associated Press, citando fontes próximas à essa polêmica, houve ainda um pedido para que a Qatar Airways não lançasse novos voos para os EUA sob o 5th Freedom (acordo que permite uma companhia transportar passageiros entre dois países que não sejam de origem, mas que façam parte de uma rota de conexão), diferente do que a Emirates fez com seus serviços para Nova York/JFK via Milão e para Newark via Atenas.

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