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Aviação

O pior da crise brasileira pode ter passado para American e Delta; entenda

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Temporada de verão brasileira pode ser o termômetro das viagens internacionais para os EUA

Há muito tempo que a América Latina não passava por tantas dificuldades políticas e econômicas. As companhias aéreas internacionais, como American Airlines e Delta Air Lines, sabem muito bem disso e decidiram reduzir a oferta a fim de ajustar a demanda enfraquecida desde o fim de 2014. O Brasil pode ser considerado ator principal nesta queda brusca por viagens internacionais com direção aos Estados Unidos nestes últimos dois anos, mas ambas as transportadoras norte-americanas já começam a dar sinais de que o “pior já ficou para trás”.

Tanto American, quanto Delta, já começam a sentir um aumento, embora tímido, na procura por voos que tem como ponto de partida os aeroportos brasileiros, devido claro a uma enorme racionalização da capacidade para estes mercados. Após trimestres de quedas e corte de voos, a American Airlines, por exemplo, quer acreditar que pode voltar a registrar resultados positivos no Brasil para este terceiro trimestre de 2016, enquanto a Delta cita tendências positivas em toda a América Latina, continente que já se prepara para um recomeço em 2017.

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PIB do Brasil de 2010 a 2020 (CAPA)

A previsão já é das melhores para 2017, já que o PIB pode apresentar resultados positivos de até 2,2% para o mercado brasileiro, como podemos ver no gráfico criado pela CAPA. Está claro para as aéreas, no entanto, que ainda vai demorar um bom tempo até aqueles saudáveis números ligados ao desempenho operacional e receita, que eram clássicos de serem registrados nos anos de ouro do turismo nacional (2010-2014) sejam retomados, embora acreditem que não será mais necessário cortar oferta de assentos para as cidades que atuam.

Para se ter uma noção, a American Airlines é conhecida historicamente por ser a maior operadora de voos entre Brasil e EUA, e continua nesta liderança com atual 37% de share. A maior companhia aérea do planeta foi obrigada a cortar capacidade entre 35% e 40% para o Brasil desde 2014, incluindo a extinção de voos para cinco cidades importantes no desenvolvimento econômico do país: Salvador, Recife, Porto Alegre, Campinas e Curitiba. No entanto, isso pode mudar já que o Real não está tão desvalorizado perante ao Dólar, enquanto a perspectiva é de crescimento do PIB já a partir de 2017, como podemos ver em uma tabela especial criada pela CAPA.

Outra que já vê o mercado brasileiro com outros olhos é a Delta Air Lines, que durante o primeiro foi obrigada a lidar com uma queda de 30% na capacidade de voos entre Estados Unidos e Brasil. A companhia calculou uma queda de até 9% no PRASM da América Latina durante o primeiro trimestre de 2016, mas no segundo trimestre já viu resultados positivos com relação à Receita por Milha para cada Assento Disponível (RASM, em inglês), embora o mercado brasileiro ainda tenha registrado uma queda de 4%.

Esta alta temporada de verão do hemisfério Sul pode ser o ponto de partida para um recomeço definitivo desta movimentação aérea mais contundente entre Estados Unidos e Brasil, mesmo que para isso fosse necessário o famoso “corte na carne” da sobrevivência aérea comercial. É esperar para ver.

 

 

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