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Cruzeiros

Temporada de cruzeiros no Brasil deve ter 15% a mais de passageiros

1ª Dançando no Caribe será realizado a bordo do navio Costa Deliziosa (Foto: Divulgação/Costa Cruzeiros)

A temporada deste ano foi aberta em Balneário Camboriú e também já há operação em Itajaí e Porto Belo

O crescimento do setor de Cruzeiros Marítimos no Brasil tem um crescimento estimado de 15% para esta temporada. Os sete navios que irão atracar no país no próximo ano devem embarcar 439,7 mil pessoas, em 124 roteiros. Com uma operação maior e mais tempo na costa, os navios terão uma oferta total de 440 mil leitos. O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, destaca a necessidade de desburocratização e de mais investimentos neste segmento que pode gerar impacto positivo na economia.

“Temos potencial diferenciado neste segmento, mas é preciso ajustes. O período de liberação para a construção de um porto ou marina no Brasil é de 12 anos, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, é de três meses. Precisamos reduzir a burocracia para melhorar a infraestrutura e assim competir de forma mais efetiva com outros países na atração de mais embarcações e mais turistas para o Brasil”, defende Lummertz.

O presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, lembra que países concorrentes como China e Austrália, tem investido de forma intensa nos últimos anos. Existem 457 navios no mundo e mais 90 encomendados e/ou em construção. Segundo ele, apenas o investimento nos navios encomendados está avaliado em US$ 55 bilhões.

“O setor cresce cerca de 4% ao ano no Brasil, sendo que a média de crescimento mundial chega a expressivos 40%. A China recebe 60 navios e a Austrália 36, enquanto o Brasil sete. É preciso estimular a vinda de mais embarcações, já que apenas os sete navios vão gerar 24 mil empregos nesta temporada. Serão 3,5 mil empregos por navio. A proporção é que a cada 18 cruzeiristas, um novo emprego seja criado”, detalha Ferraz.

O número de navios no Brasil caiu de 20, em 2011, para sete na última temporada. O presidente da Clia Abremar explica que a retração se deve principalmente a gargalos em questões como infraestrutura, impostos e regulações e que, caso o cenário fosse o mesmo de oito anos atrás, o setor geraria cerca de 46 mil empregos num curto espaço de tempo.  “Como esperamos cerca de 400 mil passageiros na temporada 2017/2018, se tivéssemos 20 navios, esse número ultrapassaria mais de um milhão”, aponta.

SANTA CATARINA

O sul do país pode ser considerado estratégico, devido à localização geográfica, e neste cenário Santa Catarina se destaca com enorme potencial de desenvolvimento. A temporada deste ano foi aberta em Balneário Camboriú e também já há operação em Itajaí e Porto Belo. Mais três portos estão em fase de negociação (São Francisco do Sul, Florianópolis e Imbituba) com desfecho positivo das negociações, o estado pode se tornar líder no país em número de portos com seis no total, um a mais que o Rio de Janeiro.

O presidente da Embratur destaca o potencial do estado e a possiblidade de mais uma porta de entrada para turistas internacionais. “A localização privilegiada para a América do Sul, devido à proximidade com Argentina e Uruguai, deve ser usufruída. Atualmente, muitos navios passam na frente, mas não param. É necessário resolver questões alfandegarias nos portos para que o estado se torne um destino ainda mais forte e também possa ser mais uma fonte de embarque de turistas”, completa Vinicius Lummertz.

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