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Destinos

Trade de SC cobra liberação de embarcações para observação de baleias

A observação de baleias tem sido feita por terra, onde o Sebrae-SC tem promovido a Rota da Baleia Franca

A observação de baleias tem sido feita por terra, onde o Sebrae-SC tem promovido a Rota da Baleia Franca

Durante os meses de julho a novembro, o litoral Sul de Santa Catarina recebe a visita das baleias francas, que migram do Polo Ártico Sul para águas mais quentes para treinar e amamentar os filhotes. A passagem dos mamíferos é uma das maiores atrações da região e diversos hotéis e pousadas promoviam passeios embarcados para a observação dos animais, que costumam se aproximar das embarcações. Porém, desde 2012, a atividade foi vetada pelo ICMbio depois de uma ordem judicial, que partiu de uma denúncia anônima, o que prejudicou o turismo na região, especialmente, de estrangeiros.

A questão foi debatida e julgada ao longo dos últimos 5 anos no poder judiciário catarinense, quando então na primeira metade deste ano, o ICMbio foi autorizado a restabelecer as autorizações para fazer os passeios embarcados, porém, o órgão só poderá autorizar a retomada das atividades a partir da temporada de 2018, quando então já terá feito todo o planejamento de responsabilidade sustentável e de preservação, além de providenciar as medidas de fiscalização adequadas. Entretanto, o atraso significa mais uma temporada longe de águas, o que inibiu a chega da de cerca de mais de 50 mil turistas para a região.

De acordo com o presidente do Instituto da Baleia Frana, Enrique Litiman, estima-se que em 2012, ano do último passeio embarcado, mais de 10 mil turistas faziam a atividade por temporada de observação. “Se desde então não estamos podendo fazer a rota embarcada, as perdas têm sido incalculáveis, afetando as pousadas e toda a economia de Laguna, Imbituba e Garopaba e tudo, por uma denúncia sem muito fundamento que foi apresentada ao Ministério Público”, afirmou.

Segundo o secretário de Turismo de Garopaba (SC), Jackson Sena, o maior grupo de afetados foram os turistas estrangeiros, que têm optado por deixar de irem a região para fazerem a observação de baleias em outros estados, como a Bahia, e outros países. “Com a ausência da atividade, estamos promovendo rotas mais culturais e gastronômicas por Garopaba para tentar captar novamente o público, principalmente de estrangeiros da América do Sul, que deixaram de vir para a região”, destacou.

A diretora do Projeto Baleia Franca, uma entidade que atua na preservação das baleias da região desde a década de 80, Karina Groch, apoia o retorno da observação embarcada desde que, realizados de forma responsável. “Conhecemos a importância turística dos passeios embarcados e quanto impactam a região, porém o programa precisa ser feito com fiscalização e, com o devido respeito pelas baleias, sem estressá-las ou impactar o ambiente em que elas estão com os filhotes”, ressaltou.

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