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Destinos / Serviços

Europa de trem: produto cai no gosto dos brasileiros

TGV_Credito Rail Europe _ SNCF

TGV – crédito Rail Europe – SNCF

Eficiente, seguro e confortável. Assim é viajar de trem pela Europa. Aliás, viajar de trem pelo Velho Continente é também um hábito local. A maioria das pessoas se utiliza desse meio de transporte para se locomover dentro e fora dos países. São mais de 250 mil quilômetros de malha ferroviária que conectam mais de 20 países no velho continente. Para quem deseja unir em uma mesma viagem diversos países em seu roteiro sem ficar preso a um circuito, ir de trem pode ser a melhor maneira. Além de eficiente e seguro, são opções práticas, nem sempre a mais baratas, mas com certeza as mais divertidas e com belas paisagens pelo caminho.

Para María Corinaldesi, diretora da Rail Europe para a América do Sul, o trem é um produto essencial para se conhecer a Europa da melhor maneira. “A possibilidade de chegar a cidades onde só é possível de trem e também a excelente localização das estações dos grandes centros urbanos europeus são apenas alguns dos benefícios. O conforto a bordo, a possibilidade de aproveitar a paisagem durante a viagem e a tranquilidade de saber que não existem taxas extras, como no caso dos trajetos aéreos que incluem taxas para despacho de malas, para comida a bordo, para embarque prioritário etc.”, lembrou.

Quando se pensa em trem por aqui logo vem à mente um trem de carga velho e barulhento ou um trem de passageiros em plena hora do rush numa grande metrópole. Mas na Europa, não. No Velho Continente, essas viagens são puro charme. Quando se fala em praticidade, este meio de transporte sai na frente dos aeroportos. Isso porque não há a burocracia de passar pelo Raio-X, fazer check-in ou chegar com grande antecedência. É só chegar na hora marcada – um pouquinho, na verdade -, procurar a plataforma com tranquilidade, colocar a bagagem no trem e seguir viagem.

250 mil quilômetros de ferrovia conectam mais de 20 países na Europa

Vale dizer que a bagagem é o próprio turista que deve despachar para dentro do trem. Mas para compensar, não há limite nem de peso e nem de quantidade. Nesse caso vale o bom senso, lembre-se que é o passageiro quem carrega a própria mala. Isso pode até parecer um inconveniente, mas não é bem assim. Algumas empresas de trem oferecem serviço de transporte de bagagem, podendo ser porta a porta ou diversas outras opções. Basta pagar o preço do serviço, que é cobrado por pessoa e por quantidade de mala. Uma vantagem, sem dúvida, é a localização das estações de trem na Europa.

Sempre centrais e bem localizadas, as estações ferroviárias são ligadas por sistemas de trem e metrô, além da maioria estar também ligada a aeroportos e terminais. Como é o caso dos aeroportos de Barcelona (Espanha), Londres (Inglaterra), Berlim e Frankfurt (Alemanha) e Paris (França), por exemplo. Outra vantagem é a não obrigatoriedade de reservar assentos na maioria das vezes. Com exceção de trens de alta velocidade, panorâmicos e noturnos. Nesses casos a reserva de assento é necessária.

SWISS TRAVEL SYSTEM

Swiss Travel System

SUPERSTARS

Ana Luiza Weber Rebellato é agente de viagens da STB e já ganhou duas edições da campanha de vendas Superstar da Swiss Travel Pass, nos anos de 2015 e 2016. Sorte? Não. Muito trabalho, capacitação e vendas. “Viajar de trem pela Suíça é só vantagem. Os trens são pontuais e confortáveis. Mesmo nos trajetos com conexão, o tempo de espera não é longo e as estações são bem sinalizadas”, disse.

Ana também já fez outras viagens de trem pela Europa. “Sempre achei uma forma prática, segura e rápida de viajar. No trecho entre Paris e Amsterdam, por exemplo, aproveitei a conexão na Bélgica para fazer um pit-stop, guardei as malas no guarda volumes e pude conhecer mais uma cidade, sem prejudicar o restante do meu roteiro e sem desconforto”, contou.

DICA DE ESPECIALISTA

Para Ana Luiza, da STB, o ideal é fazer um roteiro bem redondinho, para que o tempo de viagem seja aproveitado de forma adequada. Andar de trem é legal, mas ninguém quer passar vários dias inteirinhos dentro do trem, né? “Meu roteiro ideal começaria com alguns dias em Barcelona. De lá, pegaria um trem noturno para Paris, são umas 12 horas de viagem e dá pra ir deitado. Depois de aproveitar Paris, pegaria um trem para Amsterdam, mas no caminho daria uma paradinha em Bruxelas ou na Antuérpia pra curtir uma cerveja belga, já que não vou precisar me preocupar com estrada depois! De Amsterdam, seguiria para Berlim, Praga, Budapeste e Viena, para ter uma aula de história a céu aberto pelo leste europeu, que me fascina. De Viena pegaria mais um trem noturno até Veneza, e aí cobriria a Itália, passando por Florença, Roma… Depois de me abastecer com muita massa e pizza, daria um pulinho na Suíça, minha parada obrigatória na Europa, para apreciar as paisagens e é claro, um delicioso chocolate de sobremesa!”.

Mais uma dica – Na Europa, os destinos mais procurados pelos brasileiros são Espanha, Itália e França. Também existe bastante procura das rotas internacionais como os trens de alta velocidade que unem Londres a Paris e Bruxelas, Paris/Lyon/Marselha e Barcelona, Paris e Bruxelas e Amsterdã, entre outros. Para a diretora da Rail Europe, além desses, ela cita os trens panorâmicos da Suíça, tanto pela paisagem quanto pela experiência, como dicas preciosas para quem quer uma viagem inesquecível. “Na Suíça existem várias rotas, incluindo o Bernina Express, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, um trem dedicado ao chocolate e um outro ao queijo”, citou.

BILHETE COM ANTECEDÊNCIA? SIM, POR FAVOR!

Segundo María Corinaldesi, da Rail Europe, a maioria dos brasileiros ainda deixa para comprar seus bilhetes de trens já no destino, perdendo oportunidades e benefícios como descontos e serviços diferenciados. “Nosso intuito é estreitar o relacionamento com os profissionais do Brasil, mostrando as facilidades e benefícios de se utilizar os trens na Europa e assim, obter ainda mais sucesso em vendas”, disse.

No caso dos trens da Suíça, por exemplo, a maioria dos brasileiros que visita o país ainda compram esses bilhetes no destino. São cerca de 70% do volume das vendas feitas no próprio país. Por quê? Por que se as vantagens de compra no Brasil são tantas?

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