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Fraudes tiram o sono de agências e operadoras

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O ambiente online facilitou – e muito – as transações no mundo do turismo. As compras podem ser feitas a distância e, muitas vezes, o cliente nem comparece pessoalmente na agência para adquirir um pacote. Este é o lado bom, mas há também os contras deste avanço tecnológico: as fraudes. Este foi um dos assuntos debatidos no 63º Fórum Executivo da Abav São Paulo, e já é pauta para a edição 64, que acontecerá neste mês de novembro.

Estima-se que entre 3 e 5% das transações em lojas online no Brasil são fraudulentas. No mundo do Turismo, não existem dados concretos e apurados no que diz respeito as agências e operadoras. No entanto, podemos levar em conta uma perspectiva mundial das companhias aéreas que aponta aproximadamente 0,9% das compras de bilhetes como resultado de fraudes.

As modalidades? Cada vez mais sofisticadas. Como apontou um empresário do setor, “a indústria da fraude está sempre um passo a frente da indústria da segurança”. Outro ponto que contribui para este aumento é a crise econômica. Não há dados empíricos, mas o especialista no assunto e diretor Comercial da Unitfour, Rafael Albuquerque, acredita que o crescimento recente no número de fraudes tem relação com a atual situação da economia e com os altos índices de desemprego.

Durante o Fórum Executivo da Abav-SP, o presidente da Visual, Afonso Louro, relatou uma modalidade nova de fraude que, segundo ele, já atingiu algumas operadoras de São Paulo. “Existem maus agentes que utilizaram números de cartões de crédito de clientes que compraram há um ou dois anos para pagarem novas compras”, contou. “Não é um caso isolado. Acontece com alguma regularidade”, complementou.

O presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, também falou sobre o assunto. O dirigente revelou que há um grupo de trabalho que agrega Iata, Abear e as agências de viagens por meio da própria entidade, para estudar e encontrar soluções para estes problemas. De acordo com ele, o universo das fraudes é muito grande, mas deve ser trabalhado em sigilo para não dar armas aos criminosos que atuam neste mercado. “O bilhete aéreo não deixa rastros, por isso o nosso mercado é um dos que mais sofrem com as fraudes. No corporativo, isso é ainda maior”, afirmou.

A maioria dessas fraudes ocorre com cartões de crédito clonados. Quando a compra é feita pessoalmente, é necessário tomar algumas precauções, como pedir um documento original e com foto e tirar uma cópia – tanto do cartão como do documento. No caso das vendas online, existem alguns sistemas que ajudam a minimizar os problemas. É o caso da Unitfour, focada no varejo online e que já ingressou no mundo do turismo.

“Temos um banco de dados muito grande, montado em cerca de dez anos, principalmente com dados de pessoas físicas”, afirmou Rafael Albuquerque, diretor Comercial da empresa. Com base nesses dados, o usuário precisa responder algumas perguntas para confirmar a compra, como, por exemplo, endereço, nome da mãe ou número do telefone. “São perguntas que o fraudador, por mais informações que tenha, não teria a mão para responder”, completou.

Albuquerque contou que após a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, as tentativas de fraudes aumentaram muito no Brasil. “A procura pela nossa solução aumentou bastante, existem, inclusive algumas companhias aéreas que já utilizam”, afirmou o executivo. “O custo de uma solução deste tipo é muito pequeno levando em conta o tamanho do benefício que pode trazer”, finalizou.

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