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Tecnologia

Sita: conheça as tecnologias para viagens que parecem até ficção

Luiz Castanha, Elbson Quadros e Renaud Irminger, da Sita

Luiz Castanha, Elbson Quadros e Renaud Irminger, da Sita

Passaportes digitais, robôs que carregam malas, sistemas de leitura facial e de digitais. Ficção científica? Nem tanto. Na verdade esse é o futuro dos aeroportos proposto pela empresa de soluções tecnológicas, Sita. Visando inovar e criar processos que ajudem a melhorar a performance das companhias aéreas e dos aeroportos, a Sita conta com um ambicioso projeto para elevar a experiência do passageiros a um outro patamar.

“Observamos que alguns processos durante a viagem têm um retorno mais positivo quando efetuados de forma tecnológica. Cerca de 92% das pessoas realizam reservas de passagens sem auxílio de um profissional, seguido por check-in (57%), embarque (70%), tags de bagagens (31%) e despacho de malas (14%)”, enfatiza Renaud Irminger, diretor da Sita Labs.

Entre os fatores que deixam as pessoas mais preocupadas e ansiosas estão as questões de segurança e a recolha de bagagens, principalmente pela demora para recuperar as malas sem saber se ela vai chegar. “Além disso, o passageiro não gosta de deixar a bagagem na esteira, com medo de que seja roubada. Todo esse tempo é mal aproveitado, pois a pessoa poderia estar no free-shop, comendo algo e desfrutando do aeroporto”, complementa o diretor.

É com foco nessas necessidades que a Sita está desenvolvendo diversas inteligências. Algumas, mais viáveis, já estão em processo de teste e execução, enquanto outras só devem se tornar realidade daqui alguns anos. Conheça alguns destes projetos:

O dia depois de amanhã – O relatório de bagagens 2016 da Sita aponta que, no ano passado, o índice de bagagens extraviadas foi de 6,5 por mil passageiros, o número representa uma queda de 10% em comparação com o ano anterior, menos da metade da taxa em 2003 e o menor já registrado. Apesar das estatísticas, esta ainda é uma das principais preocupações dos viajantes.

Com um viés mais completo que os rastreadores que as pessoas colocam nas malas, a Sita lançará em breve um aplicativo que permite acompanhar todos os passos da bagagem. Ao fazer o despache, o passageiro deve escanear o ticket da mala para ter todas as informações com um toque no celular. O app indica todo o processo dos pertences, avisando em que aeroporto se encontram, se chegarão a tempo, se passou pelo departamento de segurança e outras informações.

A revolução dos gadgets:

Talvez uma das tecnologias mais revolucionárias e, quem sabe, mais parecidas com os filmes futuristas, é a NFC (Near Field Communication, que em tradução livre é algo como comunicação por proximidade). A invenção permite troca de dados entre dispositivos apenas aproximando os objetos. A ideia da Sita é usar essa inovação para criar um token e substituir o passaporte. Whaaaaat?!

“Com o token, o celular, cartão de crédito, passaporte, bilhete de embarque e outros documentos deixam de ser essenciais. A vantagem é que não existirá mais a preocupação se o celular está com bateria ou não, ou as dificuldades de leitura, que às vezes acontece devido as condições de iluminação, brilho da tela do aparelho e outros”, frisa o diretor. Além disso, o Single Travel Token (STT) ou e-passaport, aceleraria o processo de segurança e imigração nos aeroportos, de forma mais rápida e prática. O gadget ainda faria uma checagem biométrica, tanto por digital quanto facial a fim de impedir fraudes. Em relação aos hackers, Irminger conta que já existe uma codificação que é impossível de ser quebrada.

Pode parecer irreal, ou até mesmo impossível, mas a solução deve começar a funcionar nos próximos anos. Algumas questões ainda precisam ser resolvidas, a exemplo da segurança da biometria e o atraso tecnológico dos aeroportos em si, que dificultam a transmissão da informação de um local para o outro. Muitos países e cidades contam tecnologias mais avançadas que outros, a exemplo de Miami, Nova Zelândia, Nova York e Londres.

Dessa forma, a tecnologia só estaria disponível em todo mundo daqui a uns 10 ou 15 anos. Mas se analisarmos, os tokens de auto check-in nos aeroportos foram inventados há mais ou menos isso e só em 2009 que foi criado um modelo comum que atendesse a todas as companhias aéreas. Pensando assim, nem parece tanto tempo, não é?

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