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Opinião

OPINIÃO – Meeting planner: deixe a sua paixão de lado

Por Rodrigo Cezar

Rodrigo Cezar

Rodrigo Cezar

As coisas mudam. E mudam cada vez mais rápido. Nesse cenário, é vital que estejamos atentos às alterações e rumos de MICE.

Enquanto meeting planners, precisamos estar atentos às mudanças, aos nossos concorrentes e, principalmente, ao nosso cliente. São muitas informações que nos cercam e os profissionais de eventos corporativos precisam ter uma visão mais ampla sobre o setor além, é claro, estar em linha com as melhores práticas.

Dentro desse cenário, é importante que o gestor de eventos esteja no centro das discussões mais atuais do setor, sempre dinâmico. Todo mundo tem que falar de igual para o igual: o cliente, os profissionais da hotelaria, da tecnologia, da aviação, meios de pagamento. Somos todos do mesmo mercado.

Negócios sempre serão fechados. No entanto, o importante é quem está na cadeira para tomar a decisão saber otimizar a oportunidade da melhor forma possível para o cliente, a partir de uma escuta aberta e vice-versa, ou seja, o cliente escutar o fornecedor. Para isso, precisamos abrir mão das paixões. É fato: a gente cria algumas verdades e se apaixona por elas, achando que é sempre a saída de algum problema.

Muito se fala em costumer centricity, mas será que estamos falando e proporcionando o que ele quer, o que ele precisa? Como meeting planners precisamos ter legado e propósito ao levar essas questões, estar mais abertos para o novo e abrir mão de nossas crenças e conceitos, aquilo que estamos vendo a partir de uma visão linear.

Queremos ser não lineares, inclusive, mas nossas referências são puramente lineares, fora do mindset digital. Quer um exemplo? Sabe aquele momento do coffee break? Ele é planejado para realizar uma troca qualificada de informações? Para que esse momento seja melhor utilizado e pensado de forma estratégica, ele precisa ser trabalhado muito além de uma pausa na programação do evento. É preciso trabalhar – até – o coffee break de forma profissional, pensada e estratégica.

O nosso mercado ainda tem muitas oportunidades de desenvolvimento e crescimento. Por isso, nossas decisões devem ser feitas a partir de conhecimento profundo da área. Não é só pensar no futuro, mas sim conhecer o que é feito hoje de melhor. É esquecer a bola de cristal e arregaçar as mangas para um ambiente de troca de conhecimento.

Independente do cargo que ocupam – do estagiário ao diretor, passando por analistas e coordenadores – as pessoas precisam ter mais empoderamento. E o gestor de viagens precisa ser menos e mais: menos operacional e apagador de incêndios; mais gestor estratégico e gerador de soluções.

Neste sentido, nosso maior desafio é a mudança do mindset: o que queremos – e precisamos – são profissionais com cada vez mais capacidade. O “mão na massa” vai existir, mas você tem que ter o outro lado, ser a referência na empresa, pois você é quem dá a diretriz do que pode ser feito de diferente.

Da mesma forma que um médico precisa frequentar congressos médicos para se atualizar e poder proporcionar o melhor atendimento ao seu paciente, nós, profissionais de eventos, precisamos estar em eventos da nossa área, para discutirmos e entendermos os melhores caminhos/soluções a serem seguidos e ofertados aos nossos clientes.

(*) Rodrigo Cezar é presidente da ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas

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