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IAG precisa da aprovação da Ryanair e do Governo Irlandês para concretizar a compra
O Conselho de Administração da Aer Lingus afirmou, nesta terça-feira (27/01), que vai aceitar a última oferta de compra feita pelo International Airline Group (IAG), grupo formado em 2009 após a fusão da British Airways e Iberia, que chega a US$ 2,85 por ação, totalizando cerca de US$ 1,52 bilhão pela aérea.
O Conselho formado por 11 membros enfatizou, ainda, que a proposta também precisa ser aceita pelos dois maiores acionistas da aérea irlandesa: a Ryanair Holding Plc (29,8% do share) e o próprio Governo Irlandês (25%). Por outro lado, a Ryanair não descartou a possibilidade de propor outra licitação para a Aer Lingus, assegurando que o futuro da companhia aérea seria melhor ao lado de outra empresa irlandesa.
O Governo Irlandês, que detém 25% das ações da Aer Lingus, desde quando a aérea foi privatizada em 2006, enfatizou sua preocupação com a nova possível iniciativa privada controlar a companhia, uma vez que rotas e voos para a Irlanda podem sofrer redução.
Os executivos do Conselho da Aer Lingus, por sua vez, afirmaram que foram
assegurados pela British Airways que a aérea irlandesa permaneceria “com
negócios, bandeiras, gerência e operações independentes,
continuando a fornecer conexões para a Irlanda normalmente.”
A International Airline Group (IAG) enfatizou a importância dessa
possível aquisição da Aer Lingus, afirmando que a Irlanda está
geograficamente bem posicionada para operar mais rotas entre Estados
Unidos e Europa. A IAG disse, ainda, que a Aer Lingus seria beneficiada
com o aumento significativo de cooperações entre a British Airways,
Iberia e as companhias norte-americanas parceiras, como a American
Airlines, que compete diretamente com a Aer Lingus nas rotas
para New York e Chicago.
A Aer Lingus ocupa a 40ª posição entre as companhias proprietárias de slots no Aeroporto de Londres-Heathrow, um dos mais importantes hub estratégicos da Europa. Os slots pertencentes a aérea irlandesa, sozinhos, equivalem a US$ 450 milhões de dólares e poderiam ser usados pela IAG para novas rotas longas e lucrativas.
