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Opinião

Opinião M&E: Moeda de troca

Henrique Eduardo Alves e Vinícius Lages

Henrique Eduardo Alves e Vinícius Lages


No momento em que o Ministério do Turismo, sob o comando de Vinícius Lages, vinha obtendo resultados expressivos no setor, com amplo respaldo do trade, o Governo Federal decide pela troca de comando da pasta. Sem querer questionar, em momento algum, a competência profissional do novo ministro Henrique Alves, a decisão tomada pela presidente Dilma Rousseff vem sustentada apenas pelos interesses políticos e partidários, adotando a velha política de usar cargos como moeda de troca.

A decisão do Governo é um retrocesso para o setor e não valoriza os excelentes resultados obtidos pela gestão atual – por meio de campanhas e ações – com inegáveis benefícios para a imagem do país no exterior e fomento ao turismo doméstico. Todo o processo e campanhas em andamento devem ter continuidade, ainda mais no momento em que o país se prepara para sediar mais um megaevento: os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com a expectativa de receber mais de 600 mil turistas do exterior.

A decisão da presidente em trocar o comando do MTur revela também a falta de uma percepção sobre a importância deste setor para a economia. Em momento algum deste Governo o turismo foi tratado como prioridade. Basta lembrar que desde que Dilma Rousseff assumiu o Governo, há cinco anos, já tivemos como titulares da pasta nomes como Pedro Novaes, Gastão Vieira, Vinícius Lages e, agora, Henrique Alves. Vale ressaltar que este é um setor capaz de gerar empregos, investimentos e inclusão social, e que poderia ser um dos setores para proporcionar a retomada do crescimento econômico.

Fica a torcida para que o novo ministro faça uma gestão profissional séria e competente com uma equipe técnica. A lamentar apenas a saída de Lages, que junto com sua equipe, vinha desenvolvendo um excelente trabalho. Diante deste quadro, onde o Governo mais uma vez dá provas de uma política confusa, resta ao trade expressar e cobrar das autoridades um modelo de gestão mais profissional, baseado em critérios técnicos e não apenas políticos.

Se Henrique Alves buscar esse caminho, certamente terá mais êxito e quem ganha com isso é o país. Já Vinícius Lages deixa o governo com a sensação do dever cumprido. Com sua vasta experiência no Sebrae e um diálogo permanente com o trade, soube como nunca superar as dificuldades de falta de verbas e os desafios políticos. A expectativa é que o novo comando à frente do MTur possa implementar um modelo de gestão com resultados para o setor e mantenha o diálogo aberto junto aos principais players do mercado.

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