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Aviação

Holanda decide congelar operações da Emirates, Etihad e Qatar Airways

Wilma Mansveld

Wilma Mansveld


Enquanto os Estados Unidos permanecem ligados no embate (que parece sem fim) entre as aéreas nacionais (American, Delta e United) e as aéreas do Golfo, por causa da rápida, injusta e subsidiada suposta expansão da Emirates, Etihad e Qatar Airways no mercado norte-americano, a Holanda não titubeou em congelar algumas operações por lá.

O Aviation Daily divulgou, nesta sexta-feira (22/05), que o Governo Holandês decidiu congelar, mesmo que parcialmente, os direitos da Emirates, Etihad e Qatar Airways de operar voos entre os dois países, citando aquele velho motivo no qual a demanda não está alinhada com a oferta.

A Secretária de Transportes da Holanda, Wilma Mansveld, acredita que os dois voos diários entre Dubai e Amsterdã, operado pela Emirates Airline, não correspondem a atual demanda do mercado, e decidiu congelar uma de suas operações. Agora, a Emirates só pode voar na rota uma vez por dia, frequência que, de acordo com o órgão holandês, se faz suficiente.

“O governo holândes sabiamente reconhece a gravidade desses subsídios, o que é uma violação a política de Open Skies praticada atualmente. Agora, é preciso que o governo dos Estados Unidos solicite consultas com os Emirados Árabes Unidos e Catar a fim de pedir um congelamento de voos adicionais para o país, até que uma resolução justa possa ser trabalhada”, disse Jill Zuckman, porta-voz da Parceria para Open & Fair Skies.

As três companhias situadas no Golfo Pérsico são acusadas pelas três grandes aéreas dos Estados Unidos (American, Delta e United) de terem recebido subsídios ilegais e injustos no valor de US$ 42 bilhões do próprio governo, entre os anos de 2004 e 2014. O CEO da Qatar, Akbar al Baker, por sua vez, disse no começo deste mês que nenhum subsídio ilegal foi recebido pela companhia, que é estatal e recebe investimentos de seu próprio dono: o governo.

A batalha sobre o acordo de Open Skies, que já chegou a Europa, fez a França e Alemanha procurarem a Comissão da União Europeia para alertar sobre uma possível vantagem das aéreas do Golfo no mercado de aviação europeu.

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