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Aviação

CEO da Qatar ameaça retirar US$ 200 bilhões em investimentos da Europa

Akbar Al Baker

Akbar Al Baker


​Menos de uma semana após o Governo Holandês decidir congelar futuras operações de companhias estabelecidas no Golfo, como resposta ao possível e injusto domínio das aéreas no acordo de Open Skies, O CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, resolveu se pronunciar.

Al Baker disse, nesta quarta-feira (27/05), para os holandeses esquecerem qualquer acordo com Doha, capital do Catar, após alguns slots de aterrissagem na Holanda terem sido negados. O CEO emitiu um alerta para os grandes aeroportos internacionais, exigindo uma maior participação no número de slots. Em troca, a aérea daria acesso aos contratos lucrativos de petróleo e gás com governo do Golfo Pérsico.

Após a recusa do Governo Holandês, Al Baker deixou claro que as empresas poderiam enfrentar uma retirada de bilhões de dólares que seriam investidos em empreendimentos infraestruturais. “Se não nos permitem ter benefícios em pequenos negócios, como adicionar mais voos do Qatar para a Holanda, então eles não devem esperar novos contratos lucrativos com o nosso governo”, disparou o CEO.

As frases de efeito podem preocupar as autoridades européias e as norte-americanas, cada vez mais espremidas pelo crescimento de companhias poderosas como Qatar Airways e Emirates, as quais estão sendo acusadas de receberem benefícios imorais como forma de suporte do governo.

Ambas as companhias aéreas negam as acusações, mas a ameaça do Al Baker direcionada a Holanda pode alimentar, ainda mais, as preocupações sobre o grande poder que essas companhias são capazes de exercer. Não é a toa que a Qatar Airways é, automaticamente, a maior acionista da British Airways, de propriedade da IAG (International Airline Group).

Além disso, a companhia pretende investir até US$ 200 bilhões em infraestrutura até a próxima década. Um dos destinos que mais interessa a Qatar Airways é o Reino Unido, país no qual vai constatar uma forte concorrência de contratos entre empresas européias e asiáticas daqui pra frente. No entanto, esse investimento pode ser cancelado por causa dos imbróglios que os dois continentes devem enfrentar nos próximos meses.

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