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Aviação

EUA: aéreas se colocam contra American, Delta e United; entenda

Agora, o embate entre as aéreas do Golfo e as principais companhias norte-americanas ganhou mais um componente

Agora, o embate entre as aéreas do Golfo e as principais companhias norte-americanas ganhou mais um componente


O debate intermitente entre as aéreas do Golfo e as principais companhias norte-americanas, sobre o acordo de Open Skies e seus subsídios ilegais e injustos, ganhou mais um componente nesta semana. JetBlue, Hawaiian, Atlas e FedEX resolveram se juntar e opor-se ao pedido feito pelas “Big 3” (American, Delta e United) ao presidente Barack Obama para renegociar o acordo de Open Skies.

A aliança, conhecida como “US Airlines for Open Skies” (USAOS), enviou uma nota ao governo norte-americano, nessa segunda-feira (03), detalhando o possível dano que a renegociação do acordo poderia trazer aos seus respectivos negócios, aos clientes e à própria economia dos EUA. “As ‘Big 3′ não falam por todas ou pela maioria das aéreas norte-americanas’, disse o CEO da Hawaiian, Mark Dunkerley.

“Nossa união (USAOS – JetBlue, Hawaiian, Atlas e FedEX) acredita que os Estados Unidos deveriam honrar os compromissos do Open Skies, responsável pela abertura de mercado para as aéreas dos EUA, pela promoção da concorrência nacional e internacional e pelos benefícios aproveitados através das exportações”, finalizou o CEO da Hawaiian.

Em carta destinada aos secretários de Estado, Comércio e Transporte, a USAOS acredita que qualquer restrição imposta ao acordo de Open Skies entre os Estados Unidos e os mercados de Qatar e Emirados Árabes Unidos constituiria em uma violação ao que já foi acordado anteriormente. O grupo das quatro aéreas também aponta consequências que poderiam ser enfrentadas pelo lado político e de segurança nacional ao restringir a evolução das aéreas do Oriente Médio nos EUA.

Uma possível restrição nas rotas entre os dois continentes seria crucial para grandes empresas Cargo como a Atlas e a FedEX, que possuem operações importantes no Oriente Médio. Atualmente, a FedEX opera 44 voos semanais entre Dubai e Estados Unidos. Além disso, de acordo com o USAOS, ambas as companhias operam voos de apoio para operações militares dos EUA no Oriente Médio.

        Z EUA: aéreas se colocam contra American, Delta e United; entenda
Enquanto FedEX e Atlas temem pelo corte na alta troca comercial entre os países, as aéreas menores como JetBlue e Hawaiian creditam o grande crescimento de turistas internacionais ao crescimento das aéreas do Golfo nos Estados Unidos, o que naturalmente aumentou o tráfego internacional e doméstico.

“A JetBlue não é familiar aos esforços do ‘Big 3’ para sufocar a concorrência. American, Delta e United estão tentando se proteger, mas o acordo de Open Skies é bom para as trocas comerciais, para o crescimento econômico e político do país”, disse James Hnat, do conselho geral da JetBlue.

Além disso, a aliança “US Airlines for Open Skies” acredita que o aumento da concorrência no mercado de aviação internacional através do acordo de Open Skies “irá gerar aproximadamente US$ 4 bilhões em economias por ano para passageiros em rotas internacionais”.

A USAOS também criticou o “Big 3” sobre a possível perda de postos de trabalho a cada rota “perdida” para as companhias do Oriente Médio. “Essa ameaça aos postos de trabalho é uma besteira. Existem outros empregos a serem criados. Trata-se apenas de uma distração política”.

Entenda

De acordo com o “Big 3” (American, Delta e United), as companhias Etihad, Emirates e Qatar Airways levariam vantagem, considerada desleal e injusta, na concorrência direta entre as companhias e seus mercados, por causa do recebimento de subsídios de seus governos.

O Big 3 já pediram aos oficiais do governo a renegociação do contrato de “Open Skies”, acordo que não restringe a entrada de aéreas estrangeiras no mercado norte-americano. De acordo com o “Big 3”, o recebimento de subsídios ilegais por parte das companhias aéreas do Golfo tornou a concorrência injusta no transporte entre os continentes.

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