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Aviação

Dilma desiste de privatizar Galeão e Confins

Vista aérea do Aeroporto do Galeão (Foto: Genilso Araújo)

Vista aérea do Aeroporto do Galeão (Foto: Genilso Araújo)


Segundo matéria desta quinta-feira (23), do jornal O Globo, a presidente Dilma Rousseff desistiu de privatizar os aeroportos do Galeão, no Rio; e Confins, em Belo Horizonte, nos mesmos moldes de concessão adotado em Guarulhos (SP), Brasília, Viracopos (Campinas) e o novo terminal de São Gonçalo do Amarante (RN). Mas, diante da pressão por melhoria na gestão do Galeão e dos gargalos em Confins, o Palácio do Planalto trabalha com a alternativa de uma espécie de Parceria Público-Privada (PPP) com um grande gestor aeroportuário estrangeiro, que atuaria em parceria com a Infraero. A ideia é que a estatal incorpore novas práticas de gestão e sistemas tecnológicos mais avançados.

O objetivo é atrair um grande parceiro privado, com experiência em administrar aeroportos com movimento superior a 30 milhões de passageiros por ano. Esta é a posição mais recente do Executivo e tem como justificativa o fato de que a Infraero, estatal que administra Galeão e Confins, passará a ter prejuízo, se perder esses dois aeroportos, que são muito importantes para a manutenção das suas receitas.

Segundo dados da Infraero, o Galeão registrou em 2011 lucro líquido de R$ 59,24 milhões e Confins, R$ 39,8 milhões. Congonhas (SP), um dos mais rentáveis da rede, teve lucro de R$ 123,58 milhões e Santos Dumont, de R$ 29,55 milhões.

Empresas privadas pressionam Cabral por privatização

Ainda segundo o jornal ‘O Globo’, desta quinta-feira (23), empresas privadas vinham pressionando o governo federal e o governo do Estado do Rio pela privatização do Galeão, levando o governador Sérgio Cabral a se tornar um dos mais incisivos defensores do modelo de concessão. Segundo fontes, o aeroporto é visto como bom investimento, pois é rentável e ocioso, o que garantiria o retorno financeiro futuro sem grande esforço. Hoje, a capacidade para transporte de passageiros no Galeão é de 17,4 milhões por ano, mas o fluxo de embarques e desembarques, no ano passado, foi de apenas 15 milhões.

Além disso, a própria Infraero, estatal que administra o Galeão, vem investindo recursos públicos no terminal. Os novos administradores privados assumiriam um aeroporto com boa parte das obras previstas para a Copa de 2014 já em execução. Naquele ano, a capacidade do aeroporto será de 44 milhões de passageiros para uma demanda prevista de 18,7 milhões por ano. Esta semana foi iniciada mais uma etapa das obras no aeroporto, orçada em R$ 153 milhões.

O Globo

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