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Aviação / Manchete

Escalada de tensão entre EUA e Irã leva companhias aéreas a reverem rotas no Oriente Médio

Essa é a primeira vez que o novo avião opera no Galeão (Reprodução/British Airways)

A British Airways foi uma das primeiras companhias aéreas a suspender voos para Dubai e Doha após o início do conflito entre EUA e Irã (Reprodução/British Airways)

O avanço do confronto militar entre Estados Unidos e Irã reacendeu um estado de alerta no setor aéreo global. Após os ataques norte-americanos a instalações nucleares iranianas e a intensificação das trocas de mísseis entre Irã e Israel, companhias aéreas passaram a revisar suas operações no Oriente Médio, adotando medidas emergenciais para preservar segurança e mitigar riscos operacionais.

A plataforma Safe Airspace, ligada ao grupo OPSGroup, emitiu um alerta específico para transportadoras dos EUA, lembrando que, embora não haja ameaças diretas à aviação civil, o histórico de conflitos e a atuação de grupos aliados ao Irã  ampliam os riscos em solo e no ar. Esse novo quadro, somado à instabilidade geopolítica, já se reflete em cancelamentos de voos e redirecionamento de rotas.

Suspensões e ajustes operacionais

No domingo, British Airways e Singapore Airlines cancelaram operações para Dubai e Doha, citando preocupações com a segurança. Passageiros afetados estão sendo reacomodados ou orientados sobre novas datas, com flexibilização das regras tarifárias. Antes mesmo dos ataques recentes, companhias como United Airlines e American Airlines já haviam interrompido serviços para destinos como Dubai e Qatar.

Com o espaço aéreo de países como Irã, Iraque, Síria e Israel sendo evitado, voos comerciais estão sendo desviados por rotas mais longas sobre o Mar Cáspio, Egito e Arábia Saudita. Além de aumentar o tempo de viagem, essas alterações geram custos extras com combustível e equipes — um desafio adicional em um momento de pressão global sobre o preço do petróleo, que tende a afetar diretamente o valor do querosene de aviação (QAV).

Israel concentra evacuações e suspende voos regulares

O setor aéreo israelense também foi profundamente afetado. As companhias El Al, Arkia, Israir e Air Haifa anunciaram a interrupção dos voos de resgate que vinham operando para repatriar cidadãos. O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, e o terminal de Haifa foram reabertos temporariamente para receber missões específicas de evacuação, com janelas operacionais limitadas.

A estimativa é de que cerca de 40 mil turistas estejam tentando deixar Israel, muitos deles utilizando rotas alternativas via Jordânia, Egito e Chipre. Com os voos regulares suspensos por tempo indeterminado, o deslocamento terrestre e marítimo tornou-se, momentaneamente, a principal saída para viajantes estrangeiros.

Repercussões em cadeia para o turismo internacional

Embora o foco do conflito esteja no Oriente Médio, os impactos já se espalham pelas rotas intercontinentais que conectam Europa e Ásia. Com o espaço aéreo da Rússia e da Ucrânia ainda fechado, o corredor sobre o Golfo vinha sendo uma das principais alternativas para voos internacionais — agora sob nova pressão. O risco de gargalos logísticos aumenta, com reflexos que podem ser sentidos por operadores turísticos e empresas de eventos globais.

Além disso, a instabilidade exige atenção redobrada de agências corporativas e operadoras internacionais. Mudanças repentinas em voos, necessidade de evacuação de clientes, ajustes contratuais e seguros mais robustos voltam ao centro das discussões, exigindo respostas rápidas e estratégias de contenção de custos. A fluidez da situação demanda monitoramento constante e comunicação transparente com o mercado.

*Com informações de Travel Pulse.

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