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Curiosidades / Destinos

Conheça oito prédios comerciais que são pontos turísticos em São Paulo

Rooftop do Edifício Martinelli, um dos prédios comerciais que se tornou ponto turístico na capital paulista

Rooftop do Edifício Martinelli, um dos prédios comerciais que se tornou ponto turístico na capital paulista

Alguns edifícios, antes com funções comerciais, são muito conhecidos na capital paulista por seu valor histórico, sua beleza e pela vista que proporcionam. Hoje, eles marcam a paisagem das cidades e tornam-se atrações turísticas, além de criarem uma fonte de renda alternativa para proprietários e administradores. O centro histórico paulistano é onde há mais opções de passeios desse tipo, tanto grátis quanto pagos, mas outras regiões da cidade, como a Avenida Paulista e a Marginal Pinheiros, também possuem seus mirantes e prédios turísticos.

Para que um edifício comercial vire atração turística, não é necessário que seja o mais alto, o mais bem localizado ou o mais moderno. Roberto Patiño, diretor de Integraded Portfolio Services da JLL, lembra que é importante levar em conta a experiência do visitante. “O potencial para que prédios comerciais sejam explorados turisticamente é enorme, mas é necessário pensar em toda a experiência do visitante e abordagem de marketing, considerando acesso, amenidades, segurança, volume e combinação com outras atividades”, ressalta.

1. Edifício Martinelli

Primeiro arranha-céu de São Paulo, com seus 30 andares e 105 metros de altura, o Edifício Martinelli completou 90 anos em 2019 e leva o nome de seu idealizador, o imigrante italiano Giuseppe Martinelli, que acumulou grande patrimônio no Brasil e queria decidiu que queria deixar um legado.

O Edifícios Martinelli foi construído aos poucos – tinha 12 andares na inauguração e só em 1934 chegou aos 30 andares. Recebeu materiais nobres importados da Europa, como cimento que dá coloração rosa à fachada, hoje tombada, e mármore de Carrara no interior. O projeto do arquiteto William Fillinger, porém, enfrentou críticas e desconfiança, tanto que Martinelli e sua família foram morar no topo do prédio para provar que era seguro.

O prédio já abrigou um cinema, um hotel de luxo e a sede de vários partidos políticos até que, nas décadas de 1960 e 1970, entrou em um período de degradação e virou um cortiço, ocupado por moradores irregulares. Em 1975, foi desapropriado pela Prefeitura e reformado. A reforma mais recente foi em 2008, na cobertura, que abriu em 200 para visitação. De lá para cá, o espaço foi fechado e aberto algumas vezes. Atualmente, o terraço com vista 360º da cidade oferece visitas guiadas grátis.

2. Farol Santander

O Edifício Altino Arantes, também conhecido como Edifício do Banespa ou Banespão, foi reaberto ao público no começo de 2018 com o nome de Farol Santander. O local abriga um espaço cultural que conta a história do prédio, da cidade e ainda a evolução bancária ao longo do último século. Um mirante e um café no 26º andar atraem moradores e turistas, pois, lá do alto. é possível ver pontos emblemáticos de São Paulo, desde a Catedral da Sé, próxima dali, até o Pico do Jaraguá, no horizonte.

A construção do prédio teve início em 1939, mas a inauguração se deu somente em 1947, após alterações para assemelhá-lo ao Empire State Building, de Nova Iorque. Com a imponência de seus 161 metros de altura e 35 andares, o Edifício Altino Arantes roubou o posto de prédio mais alto da cidade do Edifício Martinelli e assim permaneceu por mais de 10 anos, até a inauguração do Mirante do Vale.

3. Edifício Itália

O Edifício Itália, que tem como nome oficial Circolo Italiano, possui 165 metros de altura distribuídos em 46 andares. Foi idealizado e construído pela colônia italiana, como símbolo da ascensão social e econômica dos imigrantes, e inaugurado em 1965.  A atração é o luxuoso restaurante Terraço Itália, no topo, com a visão 360º da cidade. O térreo abriga um teatro e uma galeria, enquanto os demais andares são ocupados por escritórios. Uma de suas curiosidades é que a fachada possui 4.000 janelas e 6.000 m² de vidro.

4. Shopping Light

Em uma das esquinas mais movimentadas de São Paulo – a Xavier de Toledo com o viaduto do Chá, outro ponto turístico da cidade -, o edifício Alexandre Mackenzie foi construído para ser sede da empresa de energia Light, em 1929 (daí o nome pelo qual é conhecido), sendo ampliado em 1941, tombado em 1984 e restaurado na década de 1990, para abrir as portas como shopping, em 1999.

Possui 50 metros de altura e nove pisos. Ao longo deles, mistura elementos modernos, como escadas rolantes, e antigos, como os portões originais da década de 1920. No topo, um espaço de festas que realiza eventos noturnos proporciona uma vista privilegiada do Vale do Anhangabaú e do Theatro Municipal.

5. Bolsa de Valores de São Paulo

O prédio de estilo neoclássico data da década de 1940 e foi adquirido pela Bolsa de Valores em 1986. Por meio de visitas guiadas, é possível conhecer um pouco do local e ver, por exemplo, as escadas feitas de mármore italiano, obras de arte e móveis clássicos, além de aprender como funciona o pregão. O passeio também inclui cinema 3D.

6. Fiesp

A sede da Fiesp se destaca na paisagem urbana da Avenida Paulista. Com seu formato anguloso, que remete a uma pirâmide, e revestimento em LED, é uma atração à parte com suas iluminações noturnas e, aos domingos, quando costuma receber shows no térreo, atraindo o público que visita a avenida fechada para os carros. O prédio tem 92 metros de altura, e o nome oficial homenageia o empresário Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho, presidente da entidade entre 1980 e 1986.

7. Hilton São Paulo Morumbi

O Hilton São Paulo Morumbi não é conhecido por ser um edifício histórico ou turístico, mas oferece uma vista privilegiada do skyline de São Paulo. Localizado no CENU (Centro Empresarial Nações Unidas), no coração corporativo da cidade, foi inaugurado em 2002 e tem vista para a Ponte Estaiada, cartão-postal paulistano, e da Marginal Pinheiros.

8. Museu de Arte Contemporânea (Mac)

O antigo prédio do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran) foi doado à USP para abrigar o MAC, que começou a funcionar ali em 2012. O complexo arquitetônico é da década de 1950 e está no rol de projetos assinados por Oscar Niemeyer.

Com um acervo de cerca de 10.000 obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações, o MAC ganhou mais um atrativo em 2018. Seu terraço recebeu um investimento de R$ 6 milhões para a criação do Vista, um complexo gastronômico com vista deslumbrante para o Parque do Ibirapuera.

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