Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Hotelaria

Brasil foi destaque no crescimento da Accor na América do Sul

Patrick Mendes, CEO da Accor no Brasil, com os demais diretores da rede durante o anúncio dos resultados de 2017

Patrick Mendes, CEO da Accor no Brasil, com os demais diretores da rede durante o anúncio dos resultados de 2017

Dos 52 hotéis abertos pela Accor em 2017 na América do Sul, 42 são no Brasil. Isso dá a dimensão da importância do país no desenvolvimento da rede na região. No início do último ano, a empresa prometeu uma inauguração por semana e a meta foi atingida, impulsionada também pela aquisição da BHG, que adicionou 21 empreendimentos ao portfólio Accor no país. Sobre o volume, o CEO da rede no Brasil, Patrick Mendes, revelou que o incremento foi de 1,7%, um resultado comemorado, haja vista as dificuldades do mercado.

“Este foi um ano de transição na América do Sul, bem diferente do ano passado, que foi bem mais difícil. O começo não foi fácil, mas houve uma ruptura forte a partir do segundo semestre”, contou Mendes. “A expectativa é de que estes bons resultados continuem em 2018, porque o último trimestre foi bem melhor do que o esperado, complementou.

Patrick Mendes comemorou os números recordes da América do Sul

Patrick Mendes comemorou os números recordes da América do Sul

No ano passado, o RevPar teve uma queda de 3,4% no ano. Mas se separado apenas os três últimos meses, houve um incremento de 13,9% Mendes credita estes resultados a alguns fatores. O primeiro deles está relacionado a economia, que aponta para uma volta do crescimento do PIB, depois, ele cita a baixa na taxa de juros, uma vez que a taxa Selic caiu de 14,5 para 6,5%. “Com isso temos investidores mais confiantes e mais negócios sendo feitos, o que reflete na ocupação, pois há mais gente viajando”, explicou.

O terceiro fator, na opinião do executivo, é a própria Accor, que tem marcas reconhecidas e uma grande capilaridade na região. “O fato de termos uma equipe sólida e acreditado no Brasil últimos 40 anos mostra solidez. Com isso, temos investidores confiantes, marcas reconhecidas e qualidade na operação. Tudo isso contribuiu para os nossos resultados”, disse.

EXPANSÃO
Com as aberturas de 2017, a Accor atingiu a marca de 329 unidades na América do Sul, com 51,8 mil quartos. Somente no Brasil, são 283 hotéis e 45 mil quartos. As previsões para os próximos anos são boas. A rede já tem no pipeline (empreendimentos em desenvolvimento com contrato já assinado) 142 hotéis. De todos os países em que a Accor atua, o Brasil foi o segundo país que mais abriu unidades no mundo.

Abel Castro, vice-presidente de Desenvolvimento da Accor

Abel Castro, vice-presidente de Desenvolvimento da Accor

“Atingimos a meta de abrir um hotel por semana e estamos próximos do objetivo de atingir 500 hotéis na região em 2020. Foi um ano excepcional com recordes em toda a região e o Brasil teve um peso enorme nisso”, afirmou o vice-presidente de Desenvolvimento da Accor, Abel Castro. O executivo afirmou que, além do crescimento orgânico, a rede também está atenta a oportunidades de novas aquisições.
2018

Mendes lembrou que embora a rede tenha batido recorde de aberturas, a economia não contribuiu para que os resultados fossem melhores, isso não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul. “O RevPar sofreu um pouco em 2017. A diária média está essencialmente abaixo do que deveria. Mas temos a expectativa de crescer entre 4 a 6% as diárias neste ano. Isso é fundamental para torna o negócio mais rentável, pois sem retorno não tem investidor e sem investidor não tem hotéis”, afirmou.

Segundo o executivo, o balanço dos primeiros dois meses do ano são bons. Ele cita o exemplo de São Paulo, cidade que acredita que tinha uma demanda reprimida, uma vez que com uma leve melhora na economia a ocupação e os eventos voltaram a crescer. “Sou conservador, mas é inegável que a situação melhorou. Há, no entanto, dois pontos essenciais para ficarmos atentos: o controle da inflação, pois os nossos custos aumentaram entre 30 e 40% nos últimos anos e a questão política após agosto, por conta das eleições”, alertou.

Para Mendes, não será neste ano que o setor voltará a ter uma maior rentabilidade, mas acredita que isso será retomado aos poucos. Segundo o executivo, para acompanhar as perdas com a inflação, seria necessário praticar uma diária média entre 12 e 15% maior do que as atuais.

Perenidade e desenvolvimento da marca são, para Mendes, alguns dos pilares dos resultados da rede

Perenidade e desenvolvimento da marca são, para Mendes, alguns dos pilares dos resultados da rede

ALÉM DOS NÚMEROS
Recorde de aberturas, recorde de satisfação (82,9% na América do Sul), e aumento do volume, mesmo em um ano com dificuldades na economia. Os números são bons, mas Patrick Mendes vê resultados ainda melhores em outros campos, como reconhecimento da marca, satisfação de funcionários e a resiliência da empresa.

“Desenvolvimento não é só números. Nosso foco é virar referência em hospitalidade. Queremos durabilidade, perenidade e qualidade. Neste hotéis da BHG, por exemplo, os contratos são de 30 anos, pois isso muda a perspectiva de investimentos. Contratos curtos são ruins para todos, pois as empresas não conseguem investir com uma perspectiva de retorno de apenas três anos”, reiterou.

Receba nossas newsletters