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Hotelaria

Hotelaria de lazer cresce nos últimos dois anos

Diogo Canteras, da HotelInvest, apontou dados animadores para o futuro, mas ressaltou a necessidade de ser cauteloso no atual cenário

Diogo Canteras, da HotelInvest, apontou dados animadores para o futuro, mas ressaltou a necessidade de ser cauteloso no atual cenário, durante o 18o Encontro Comercial do Fohb, em São Paulo

Na contramão da hotelaria urbana, os resorts do Brasil apresentaram crescimento nos últimos dois anos, que foram fortemente afetados pela crise econômica que afetou os principais setores do turismo nacional. De acordo com os dados apresentados pelo diretor geral da Hotel Invest, Diogo Canteras, entre 2015 e 2016 a taxa de ocupação nos resorts aumentou em 11%, contrastando com os índices dos hotéis urbanos das grandes capitais, onde todos os segmentos, de luxo ao econômico, tiveram queda de 4% nas ocupações em comparação de 2016 com este ano.

De acordo com Canteras, o aumento no segmento de lazer tem relação direta com o crescimento da classe média nos últimos governos, desde Fernando Henrique Cardoso. Nos últimos 20 anos, o número de potenciais consumidores do turismo no Brasil aumento em cerca de 107 milhões de pessoas. ”Os dois mercados contrastam muito devido também a uma pequena parcela dos viajantes da nova classe média, começarem a optar por viajarem pelo Brasil e investindo em estadias de lazer”, comentou.

As cidades que registraram as maiores quedas nos índices de de diária média entre 2014 e 2016 foram Rio de Janeiro, que teve um “boom” na oferta com a realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, com saldo negativo de -25%, Belo Horizonte, com menos 36%, São Paulo, com negativa de 20%, entre outras capitais que tiveram números negativos. A queda média nacional ficou em torno de 17%.

Canteras também ressaltou que as perspectivas para o futuro ainda estão em aberto para ambos os segmentos. “É muito difícil de fazermos previsões neste momento e precisamos ter cautela com tudo o que tem cercado o ambiente nacional. Porém, o objetivo é que até 2021, a hotelaria urbana atinja os patamares de 2012, que eram excelentes com quase 70% de ocupação, e a hotelaria de lazer continue a crescer gradativamente”, concluiu o executivo.

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