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Política

Embratur cobra maior objetividade nas propostas do CNT para o setor

Após ouvir as propostas do Conselho Nacional de Turismo, nesta quarta-feira, dia 31, em Brasília, o presidente da Embratur,  Flavio Dino chamou a atenção dos conselheiros para a falta de objetividade do que é reivindicado ao Governo. “Temos seis meses de agenda parlamentar, por isso não devemos maximizar as dificuldades”.

Segundo o presidente da Embratur, o turismo nunca foi colocado como prioridade pelo governo porque sempre faltou objetividade. Segundo ele, para ter resultado, é preciso ter foco, com senso de urgência. “Vocês devem elaborar uma pauta com 3 ou 5 pontos, no máximo, e trabalhar isso de modo obsessivo”. “Claro que queremos tudo, mas para chegar lá, é preciso focar”.

Flavio Dino lembrou que os políticos são generalistas, por isso o CNT deve apresentar uma agenda específica, com ideias simples, para que consiga atingir seus objetivos. Ele ressaltou ainda a receptividade do presidente da Câmara de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, deputado Romário, e também da presidenta Dilma, destacando a necessidade de propostas com bons argumentos.

Flávio Dino destacou questões relevantes para serem discutidas no setor. “Sem um amplo debate sobre a competitividade, o turismo no país não vai avançar, independente de qualquer estratégia de promoção”, defendeu Dino.Ao cumprimentar os presentes, o presidente fez um breve panorama do momento que o turismo no país passa. “Já percorremos metade da agenda de megaeventos e até aqui, tivemos movimentação econômica superior aos investimentos públicos e boa projeção de imagem internacional, apesar dos problemas. A Copa das Confederações rendeu R$ 740 milhões para o país e a Jornada Mundial da Juventude, R$ 1,8 bilhão, superando nossas expectativas”, e ainda comentou sobre a entrada de divisas por meio de viagens internacionais. “Mesmo com a desvalorização do real frente à moeda norte-americana, a entrada de divisas por meios de viagens internacionais no Brasil deverá ser recorde. Em 2012, os turistas estrangeiros gastaram US$ 6,645 bilhões no Brasil, aproximadamente R$ 12,9 bilhões pela cotação média”, disse.

Sobre as ações promocionais, Dino destacou o reforço da realização de eventos próprios, entre eles  a nova etapa do Goal To Brasil – Encontros Brasileiros, que terá três edições ainda em 2013 e mais seis em 2014. Além disso, explicou sobre o novo formato para patrocínio que a Embratur está implementando para realizar parceria com a iniciativa privada. Como exemplo, Dino citou o Brazilian Film Festival, que acontecerá em diversos países, além de uma ação em parceria com a Latam, que irá trazer 80 profissionais estrangeiros para conhecer o Brasil.

Para finalizar, Dino levantou a competitividade como assunto de primordial importância para que o turismo no Brasil cresça. “É necessário discutir formas de promover a concorrência, analisar o que pode melhorar na regulação e buscar caminhos para desonerar o setor”. Segundo o dirigente, os entraves para que o Brasil chegue à marca dos 10 milhões de turistas partem da oportunidade de inserção do país no mercado mundial como concorrente de outros grandes destinos turísticos.

 

Jussara Santos, de Brasília

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