
Este 28 de abril de 2017 pode ficar marcado na história por ser o primeiro dia em mais de 20 anos que uma greve geral de trabalhadores volta a paralisar o país. As centrais sindicais convocaram a paralisação para esta sexta-feira em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência que tramitam na Câmara dos Deputados. Mais de 40 categorias já aderiram à greve que tende a afetar diversos setores da economia, inclusive o mercado doméstico de turismo por todo o Brasil.
Em âmbito nacional, o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) já decidiu pela adesão. A entidade, que representa mais de 50.000 trabalhadores em todos os aeroportos nacionais, com exceção de Recife, Guarulhos/SP, Porto Alegre e Manaus, cruzará os braços e provocará atrasos e cancelamentos de voos nos principais aeroportos do país. Os aeroviários são responsáveis pelos famosos procedimentos em solo, como check-in, embarque, desembarque, entre outros serviços que sofrerão com a paralisação. Em nota, o SNA informou que dirigentes sindicais vão organizar as paralisações já no turno da manhã, sem horário previsto para término.
Embora os aeroviários de Guarulhos/SP e Recife/PE não façam parte da SNA, uma paralisação de 24 horas também está marcada para esta sexta nos dois dos maiores aeroportos internacionais do país. Os profissionais aprovaram em assembléia e colocarão apenas 30% do efetivo para realizar as atividades cotidianas em ambos os aeroportos. Em Guarulhos, a paralisação será iniciada às 06h da manhã desta sexta. É bom lembrar que pilotos e comissários de voo ainda decidem se vão fazer a paralisação em assembleia marcada para esta quinta-feira (27). Caso seja confirmada, o caos nos aeroportos será ainda maior.
Ainda sem saber do impacto real e da dimensão da greve programada por alguns sindicatos, as principais empresas aéreas nacionais já se anteciparam sobre eventuais mudanças, cancelamentos e devoluções nos bilhetes emitidos para quem tem planos de viajar neste período. As companhias Gol, Latam, Azul e Avianca vão abrir mão de multas e taxas para remarcação de passagens nesta sexta-feira (28) por causa dos eventuais atrasos de passageiros que possam ser provocados pela anunciada greve geral.