A Resorts Brasil lançou “Radar Resorts Brasil”, relatório trimestral que visa fornecer informações relevantes sobre o setor de resorts ao mercado e aos resorts associados. O Radar reúne dados e informações sobre temas como economia, aviação e atualizações sobre a situação da pandemia de COVID-19. Além disso, traz um panorama completo sobre os resorts brasileiros, além de dados sobre a reputação on-line e o desempenho dos empreendimentos por trimestre.
E de acordo com o estudo, o Total Revenue per Occupied Room (TrevPOR – receita total por quarto ocupado) nacional do acumulado de janeiro a setembro atingiu a cifra de R$ 1.408, representando alta de 18% em comparação com o mesmo período de 2019. O montante se refere a receita operacional total por quarto ocupado, que para ser calculada, soma a quantidade de aposentos, alimentos e bebidas (A&B), além de outras receitas operacionais, dividindo-as pelo total de quartos.
Segundo Edman Junior, membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil, o crescimento se dá pela situação de fronteiras ainda fechadas, além da alta do Dólar e do Euro. “A retomada da ocupação nesse 3° trimestre traz de volta a expectativa de um final de ano incrível. Após a segunda onda, a demanda voltou mais forte e disposta a investir mais na experiência completa de viagem, refletindo no TrevPAR e TrevPOR dos resorts”, declara.
A mostra levou em consideração 27 resorts (9.309 quartos) no ano de 2021, 25 resorts (6.915 leitos) representando 2020 e 28 resorts (10.744 acomodações) em 2019. A análise foi feita em parceria com a SRT considerando apenas os empreendimentos filiados à Resorts Brasil. É válido pontuar que os períodos analisados não necessariamente utilizam a mesma amostra de estabelecimentos.
Em oposição ao TrevPOR, o Total Revenue per Available Room (TrevPAR), que mede a receita operacional por quarto disponível, considerando a soma dos aposentos, mais as despesas de alimentação e bebidas (A&B), caiu 5%, saindo de R$ 641 no acumulado de janeiro a setembro de 2019 e atingindo R$ 608 no mesmo período de 2021. A porcentagem total considera a baixa de 2020, que chegou a R$ 448. A taxa de ocupação teve queda de 20%.
Especificamente para resorts de praia, o TrevPAR e o TrevPOR tiveram aumento de +8% e +24% respectivamente. A taxa de ocupação ficou em -13%. Já no quesito resorts no interior, a média do TrevPAR foi de R$ 571 (-14%) e o TrevPOR de R$1.912 (+26%). A ocupação média caiu 32%.
“Investir na qualificação constante da mão de obra, fomentando a cultura do bem receber, poderá colaborar com esta jornada, reforçando o cliente como centro dos negócios”, diz Rodrigo Galvão membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil
Em linhas gerais, o Brasil conta com 120 resorts e 29.657 quartos, dos quais 71 pertencem a categoria praia, com 18.622 dormitórios, e 48 estão alocados no interior, ofertando 10.983 leitos, conforme levantamento da JLL. Do volume identificado, 52% são estabelecimentos independentes e 48% estão filiados a redes.
No ranking de distribuição, a maior concentração de construções está no Nordeste, com total de 59 resorts (15.522 acomodações), seguido pelo Sudeste, com 32 Resorts (7.074 quartos), o Centro-Oeste e seus dez empreendimentos (2.470 vagas), o Sul com 18 estabelecimentos (4.539 quartos) e por último, o Norte, que conta com um resort e 52 acomodações.
“A ideia do Radar Resorts Brasil é fornecer um panorama completo de informações a todos os associados para que cada um possa fazer suas análises e tomadas de decisão. Divulgamos o conteúdo trimestralmente, sempre com dados atualizados para permitir ao nosso associado uma análise profunda sobre o cenário, indispensável para a definição das metas, estratégias de vendas, novos investimentos, melhorias internas e aperfeiçoamento na gestão”, afirma Sérgio Souza, presidente da Resorts Brasil.
Neste levantamento foram excluídos os empreendimentos multipropriedade, sendo considerados apenas os resorts com ampla opção de lazer, sejam alocados no litoral ou interior, além da obrigatoriedade de estarem em funcionamento e aceitando reservas. O estudo identificou também que dos sete projetos de futuros resorts a serem inaugurados no Brasil, adicionando 2.405 acomodações, cinco serão abertos em 2022.
As propriedades, serão instaladas no Nordeste (três resorts com 1.096 quartos), Centro-Oeste (um resort com 200 aposentos) e um no Sudeste (com 200 apartamentos) somarão 1.496 acomodações à oferta nacional. Em 2023 e 2024 duas propriedades serão inauguradas, somando 549 quartos.
Reputação e qualificação
Muitos fatores podem colaborar para a flutuação de tarifas e ocupação, atualmente a situação biossanitária causada pela pandemia continua sendo uma das barreiras para o setor. No entanto, o avanço na taxa de vacinação da população nacional anima o mercado de forma que já é possível ver o aumento graduação da demanda.
Segundo informações divulgadas no dia 12 de dezembro de 2021, pelo Consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, 65,32% dos brasileiros estão já totalmente vacinados. Dito isso, outro fator de grande relevância para o bom desempenho do resort é sua reputação. A fim de entender a situação imagética das propriedades, a Resorts Brasil em parceria com a ReviewPro analisou o que está sendo dito online.
“Transformar uma hospedagem em experiência, deixou de ser tendência, para se tornar uma realidade. Neste sentido, ainda há oportunidades para incrementar a percepção de valor nos Resorts, haja visto que o preço é o menor dos índices de satisfação por categoria”, pontua Rodrigo Galvão membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil.
O índice, que estuda o período de janeiro a setembro de 2019, 2020 e 2021, abrangendo 48 resorts filiados à organização, constatou neste ano o contentamento de 91% dos respondentes na categoria localização, 90% em limpeza, 90% em serviço, 79% no preço e 87% nos quartos. Foram feitas 61.330 avaliações em 2021, 42.210 em 2020 e 100.548 em 2019.