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Agências e Operadoras / Política / Serviços

Movimento Vai Turismo pleiteia pautas de fomento à indústria junto ao Congresso Nacional

 Com documento entregue em mãos, Movimento Vai Turismo reivindica pleitos do setor a candidatos à presidência da República (Foto: reprodução)

Com documento entregue em mãos, Movimento Vai Turismo reivindica pleitos do setor a candidatos à presidência da República (Foto: reprodução)

Desde o início da pandemia de Covid-19 existe uma máxima que impera na indústria turística: “juntos somos mais fortes e fazemos a roda girar”. É com essa premissa e uma série de necessidades, que 30 entidades de toda a cadeia do Turismo Nacional se uniram para a criação de um documento que, em uníssono, “fale” em prol da criação de políticas públicas e auxiliem na recuperação e desenvolvimento do setor.

Intitulado “Propostas e Recomendações de Políticas Públicas de Turismo – Nacional”, o documento foi criado pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e entregue, em mãos, a todos os candidatos à presidência da República e aos governos estaduais.

“As principais associações e entidades do turismo fazem parte do Cetur e já trabalhamos em momentos importantes, como na criação da Lei Geral do Turismo, a qual estamos buscando modernizar. Esse é o propósito do Cetur/CNC, fortalecer as demandas do turismo, promover a união de empresários, entidades sindicais e associativas e atuar no fomento e na formulação de propostas pelo ordenamento do turismo nacional”, declara Alexandre Sampaio, diretor da CNC e responsável pelo Cetur, com exclusividade ao MERCADO & EVENTOS.

No conteúdo estão discriminadas propostas para serem colocadas em prática entre os anos de 2023 a 2026, as quais serão refletidas a longo prazo e contemplam temas como: Linhas de Crédito; Investimentos; Mobilidade; Qualificação da mão-de-obra, Tecnologia; Propostas Integradas, Instituições Conectadas, Políticas Públicas, Desenvolvimento Sustentável; Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs); e Captação, Análise e Tratamento de Dados do setor.

“Para que as propostas tivessem o caráter sustentável no tempo desejável, as recomendações para os mandatos de 2023 a 2026 precisavam ter, como pano de fundo, estratégias de longo prazo. O Vai Turismo não só buscou conectar as necessidades mais urgentes, como também procurou alinhar estratégias estaduais com as regionais e as nacionais. O projeto contemplou a junção das demandas imediatas, com aspectos importantes de desenvolvimento em longo prazo”, explica.

“O Movimento estimula o debate contínuo, converge ações e contribui com soluções práticas e aplicáveis, sempre olhando para o futuro, para aumentar a competitividade e a sustentabilidade do turismo”

O Cetur/CNC criou ainda, a hashtag #VaiTurismo nas redes sociais, que é apoiada por todas as entidades envolvidas no Movimento Vai Turismo, a fim de ganhar o máximo de notoriedade possível para ter mais quórum na hora de discutir nas plenárias a implementação das pautas sugeridas.

“O Movimento estimula o debate contínuo, converge ações e contribui com soluções práticas e aplicáveis, sempre olhando para o futuro, para aumentar a competitividade e a sustentabilidade do turismo. Agora, cabe a esses candidatos e candidatas aproveitar a mobilização e o apoio de tantas instituições, assumir o compromisso em seus planos de governo e, quando eleitos, implementar as ações”, frisa.

Estrutura técnica

O processo de estruturação do documento contou com a reunião de cerca de 300 instituições do turismo, a nível Brasil, para debater as prioridades e demandas do setor. A tradução do levantamento foi validada pelas entidades nacionais que corroboram a iniciativa. Já a divisão das pautas foi feita por região do País – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul –visando o detalhamento de suas nuances.

Os pilares que sustentam as reivindicações são: Investimentos Convergentes, que diz respeito ao trabalho conjunto de diversos ministérios e agências federais, considerando que o desenvolvimento de destinos turísticos sustentáveis requer infraestrutura básica, incluindo aeroportos, portos, rodoviária, telefonia e redes de wi-fi de qualidade, saneamento básico, energia, saúde e segurança, além da ampliação e acessibilidade da mobilidade urbana.

“A tecnologia e as redes sociais trazem a oportunidade de desenvolver negócios turísticos, e os usuários de mídias sociais, ao acessarem as experiências compartilhadas de viagens de amigos ou conhecidos, descobrem possibilidades de atividades, serviços ou equipamentos que estão disponíveis nos destinos, assim como descobrem novos destinos”, sinaliza.

No quesito Inteligência é reivindicada a disponibilização de fundos de investimentos às pesquisas e a criação de um sistema nacional de indicadores de turismo, com o uso de ferramentas de digitais, que resultará no compartilhamento de dados em uma plataforma, a fim de auxiliar na formatação e melhoria dos produtos turísticos.

“O Movimento Vai Turismo identificou que precisamos de informações confiáveis, constantemente atualizadas, o que nomeamos de plataforma de inteligência do turismo brasileiro. Para isso, precisamos unir as informações e os dados sobre o turismo que são produzidos por diferentes fontes e garantir uma governança segura e atemporal dessa plataforma que não seja comprometida pelas mudanças de governo”, aponta Sampaio.

“Precisamos unir as informações e os dados sobre o turismo que são produzidos por diferentes fontes e garantir uma governança segura e atemporal dessa plataforma que não seja comprometida pelas mudanças de governo”

Para o tópico Incentivo há a prescrição da relevância de políticas de incentivo para priorizar e estimular o turismo sustentável e a economia criativa, além da revisão e ajuste tributário para aumentar a competitividade do País em relação a destinos internacionais. Também se fala na criação de linhas de microcrédito e de crédito desburocratizadas, que entendam o perfil do setor, ademais sobre a segurança jurídica e atratividade para novos investimentos.

“O setor precisa de incentivos, segurança jurídica e linhas de microcrédito e crédito desburocratizadas para atrair e reter investidores, regulamentação dos jogos, aprovação da modernização da Lei Geral do Turismo, programas de ampliação de demanda turística e de comercialização dos destinos brasileiros, alíquota tributária diferenciada e imposto de renda sobre remessa ao exterior, já que a não redução impacta a economia e afeta a competitividade de milhares de agências e operadoras de turismo brasileiras”, detalha.

Em termos de Oferta Qualificada, as sugestões abordam a qualificação e capacitação de profissionais do turismo considerando as melhores práticas e padrões internacionais; validação da escolaridade por meio de certificações; inclusão do tema turismo nos ensinos fundamental e ou médio, como forma de estimular a hospitalidade e o empreendedorismo; contratação de pessoas com necessidades especiais, como endosso à diversidade; programas de incentivo ao turismo doméstico; política para captação de eventos internacionais; promoção dos destinos Brasil em eventos e no mercado estrangeiro sob o mote do turismo sustentável e inteligente.

“Os DTIs estão alinhados com o “novo” turismo e, especialmente, com as exigências e demandas dos viajantes pós-pandemia por viagens seguras, mais sustentáveis, facilitadas pela digitalização e diferenciadas. O que vemos é que a metodologia ajuda os destinos a serem mais competitivos, inovadores, garantindo práticas sustentáveis que geram proteção da atividade econômica do turismo, respeito ambiental, preservação e valorização do aspecto sociocultural e entendem a acessibilidade como uma ferramenta para se praticar a inclusão”, exemplifica.

O aspecto da Governança é apresentado com ênfase em políticas, programas e projetos que deverão ser tratados por uma pasta exclusiva no Governo, estimulando o tratamento dos pleitos em parceria com o poder público, trade turístico, academia e sociedade civil.

Também é solicitado o alinhamento com as diversas agências reguladoras sobre especificidades do setor, além da criação e liderança de uma comissão permanente de trabalho, a fim de garantir uma comunicação uniforme e assertiva e o bom funcionamento dos projetos.

“Um desafio é garantir a convergência dos investimentos governamentais, com ministérios e agências federais atuando de forma coordenada nessas melhorias apontadas. A cadeia produtiva do turismo atende a uma demanda volátil e é composta, em grande medida, por empreendimentos de menor porte e, em geral, de reduzida capacidade de oferecimento de garantias. Dessa forma, os potenciais demandantes das linhas de crédito encontram barreiras praticamente intransponíveis quando submetidos às análises de risco de crédito das instituições financeiras autorizadas a conceder esses financiamentos”, esclarece.

“Um desafio é garantir a convergência dos investimentos governamentais, com ministérios e agências federais atuando de forma coordenada nessas melhorias apontadas”

Ao justificar o interesse do Governo em apoiar o Movimento Vai Turismo, Sampaio salienta que o turismo é o setor que mais gera empregos, portanto, interessa aos governos ampliar a empregabilidade no País e, para isso, é preciso entender as particularidades dessas atividades.

Entidades participantes

Em um esforço conjunto a nível federal, o trade turístico trabalha para posicionar o setor como força motriz da economia brasileira. Veja os participantes:

    • AGÊNCIAS DE VIAGENS
      Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav Nacional) Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp)
      Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev)
      Federação Nacional de Turismo (Fenactur)
    • PROMOTORES E EMPRESAS DE EVENTOS
      Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil)
      Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape)
      União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe)
    • MEIOS DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO
      Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional)
      Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil)
      Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Nacional)
      Associação Nacional de Bares e Restaurantes (ANR)
      Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)
      Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)
    • OPERADORAS DE VIAGENS
      Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa)
    • PARQUES TEMÁTICOS
      Sistema Integrado de Parques Temáticos e Atrações Turísticas do Brasil (Sindepat)
    • TRANSPORTE AÉREO
      Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear)
    • TRANSPORTE MARÍTIMO
      Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil)
    • TRANSPORTE TERRESTRE
      Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (ABOTTC)
      Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento (Anttur)
      Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla)
    • ECOTURISMO E TURISMO DE AVENTURA
      Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta)
    • TURISMO SOCIAL
      Associação Brasileira de Turismo Social (Abrastur)
    • TURISMO DE LUXO
      Brazilian Luxury Travel Association (BLTA)
    • TURISMO RECEPTIVO
      Associação Brasileira de Turismo Receptivo Internacional (Bito)
      Associação Brasileira de Turismo Receptivo (Recept Brasil)
    • MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
      Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional)
    • GESTÃO E PROMOÇÃO DE DESTINOS
      Associação de Marketing Promocional (Ampro)
      Brasil Convention & Visitors Bureau
      União Nacional dos CVBs e Entidades de Destinos (Unedestinos)

O que dizem as entidades

Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

“O movimento Vai Turismo é uma importante ferramenta para o fortalecimento de toda a cadeia do Turismo, especialmente da aviação comercial brasileira, pois estimula a criação de políticas públicas para ampliar a contribuição de setores que sempre foram protagonistas no desenvolvimento social e econômico do país”.
Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

Simone Scorsato, CEO da BLTA (Foto: reprodução)

Simone Scorsato, CEO da BLTA (Foto: reprodução)

“É muito importante fomentar esse debate e a consolidação de um documento norteador para os presidenciáveis sobre política pública do turismo. Desta forma, ratificamos em diversas esferas a importância da indústria turística como setor de geração e redistribuição de emprego e renda”.
Simone Scorsato, CEO da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA).

Marco Aurélio Nazaré, da M&M Rent a Car (MG) assume como novo presidente da Abla a partir de 1 de janeiro

Marco Aurélio Nazaré, presidente da Abla (Foto: reprodução)

“Nós, da Abla, acreditamos em parcerias com entidades e movimentos fortes, que criem as melhores condições para disseminar, para milhões e milhões de pessoas, o quanto o aluguel de veículos é essencial para o desenvolvimento do turismo. Isso traz benefícios, no médio e no longo prazo, a todas as locadoras, principalmente aquelas já associadas à Abla. Esse é o caminho no qual acreditamos e que, cada vez mais unidos dentro de movimentos como Vai Turismo, queremos continuar a trilhar”.
Marco Aurélio Nazaré, presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla)

Giovana Jannuzzelli diretora-executiva da Alagev (Foto: Ana Azevedo/M&E)

Giovana Jannuzzelli diretora-executiva da Alagev (Foto: Ana Azevedo/M&E)

“O Vai Turismo é um movimento que nós, da Alagev, apoiamos com muito carinho por o enxergarmos como uma forma de valorizar o turismo e os destinos nacionais, os quais todos sabemos que têm um grande potencial. Entendemos que é primordial termos políticas públicas que colaborem com o desenvolvimento desses locais e acreditamos que, juntos, em uma união de esforços entre iniciativas pública e privada, é possível conquistarmos resultados ainda mais consistentes no setor”.
Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).

Entrega

O dia 10 de agosto marcou o início da entrega das propostas, pelas Fecomércios, a cada um dos postulantes aos respectivos governos estaduais. Os 27 documentos de recomendações estão disponíveis no site https://vaiturismo.com.br/, em que já consta o documento nacional apresentado aos candidatos à Presidência da República.

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