
Um ano com resultados a serem celebrados. Assim o gerente de Marketing e Parcerias Estratégicas do Hotel Nacional, Dáfnis Macédon, define 2023 para o empreendimento. Com ocupação média superior a 60% ao longo do ano, com picos de 100% na alta temporada e feriados, o Hotel Nacional vem apostando na ampliação dos eventos para atrair cada vez mais público.
“Em agosto a gente teve dois finais de semana com 90% de ocupação, algo totalmente atípico. Os hóspedes vêm principalmente de destinos localizados a 600 km de distância, que podem ser percorridos de carro, sem o gasto de passagem aérea. O custo-benefício compensa o deslocamento de São Paulo, do interior de Minas ou do Espírito Santo para se hospedar aqui, por isso estamos registrando esse boom de ocupação. Para nós, eu acho que o ano de 2024 de fato será o ano mais importante após a pandemia, eu acho que em 2023 toda a indústria ainda estava se adaptando”, avalia.
Entre as tendências registradas, está a alta frequência de hóspedes e visitantes da própria capital fluminense. “Muitos nos escolhem para comemorar datas especiais. No caso de São Conrado, por exemplo, temos uma parceria para moradores do bairro com descontos. Acho que o carioca começou a entender que o Hotel Nacional faz parte da história da cidade e eles começaram a nos procurar cada vez mais. Esses são dados pouco comuns numa hotelaria convencional, né? O foco tradicional seria o hóspede de fora, mas o morador do Rio é muito presente aqui”, revela o gerente. No que tange ao mercado internacional, há grande presença de argentinos, uruguaios, norte-americanos e também mulçumanos.
CENTRO DE CONVENÇÕES
O Centro de Convenções do Hotel Nacional, atualmente em obras, deve ser reinaugurado até 2025. “Acho que vai ser um divisor de águas para o Rio de Janeiro, porque ele tem capacidade para até 5.000 pessoas. Quando o Michael Jackson esteve no Brasil pela primeira vez (com o Jackson Five) ele se hospedou aqui e a coletiva de imprensa foi lá”, relembra Dáfnis.
Ele revela que a ideia é conseguir captação de recursos através do processo de naming right, que ficou muito conhecido com Credicard Hall, Citibank Hall… “Buscamos uma empresa que invista um certo aporte para acelerarmos a obra. Hoje temos a obra seguindo um cronograma normal. A parte externa já foi toda concluída. A gente está na parte mais cara, que é a parte interna. Já recebemos algumas propostas de marcas que se interessaram, mas estamos tendo um cuidado muito grande. Queremos ser assertivos, pois buscamos uma marca que queira ficar muito tempo”, esclarece.
EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS
Segundo Dáfnis Macédon, avaliando de janeiro a setembro, é nítida a mudança de serviço e excelência pela qual o Hotel Nacional passou. “No processo de reestruturação do hotel, de nosso reposicionamento, a diretoria optou em mantermos a classificação de quatro estrelas, mas oferecendo um serviço premium. Nossa política de tarifas, que ao longo do ano podem ser encontradas por R$ 550, deu muito certo, conseguimos aumentar a geração de emprego e sermos totalmente adimplentes com os compromissos, com a folha de pagamento. Foi possível, principalmente, gerar uma estrutura interna melhor, oferecendo mais aos hóspedes. Nossa meta, num futuro próximo, é ter, de fato, um serviço cinco estrelas”, antecipa.
Entre as estratégias adotadas, está a ampliação da programação de lazer. “Há duas semanas lançamos a Arena Beach Nacional, que são quadras de futebol e beach tennis em frente ao hotel. A gente também colocou como experiência – e deu muito certo – o primeiro Wellness, um evento voltado para o bem-estar. A gente fez o primeiro e agora vamos ter uma programação com essa ação em novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março. Ou seja, o hóspede chega aqui e encontra no Jardim Burle Marx toda essa programação com yoga, com atividades esportivas e palestrantes”.
RÉVEILLON
Lançado em maio, o Réveillon do Hotel Nacional está com 70% das vendas garantidas. “Enquanto o trade estava falando de programação de julho, a gente já estava falando de Réveillon. A procura desde então foi muito grande, a venda está muito boa, assim como o Carnaval, período para o qual praticamente não temos mais quartos. E isso é resultado da nossa estratégia de mostrar para o mercado que o hotel está vivo”, diz Dáfnis.
“Esse ano a gente quis fazer um Réveillon a altura do Nacional, ele vai ser um Réveillon para 3.500 pessoas (sendo 1.000 hóspedes). Teremos duas festas em um só produto. O hóspede tem direito a ceia, que começa às 20 horas, e depois ele pode subir a qualquer hora para a festa. Diferente dos nossos hóspedes, a pessoa que compra ingresso só tem direito a festa e não acessa o lobby. Então teremos um Réveillon all inclusive para os hóspedes e um Réveillon que a gente chama de open food e open bar para o público externo. Teremos atração musical a partir das 20 até 6 horas da manhã”, avisa o gerente.
A festa terá, além da tradicional queima de fogos, várias ativações. “Identificamos que no Réveillon passado, muita gente se hospedava aqui, mas não ficava para festa, ia para Copacabana. Aquilo me incomodou muito. E resolvemos investir para que isso não se repetisse. Neste ano teremos o Diogo Nogueira e a bateria da Grande Rio. Além disso, quem vai assinar toda a parte de cenografia são os carnavalescos da Grande Rio. Será imperdível”, garante Dáfnis.