
Brasil (48,8/100), Argentina (45/100) e México (44/100) são os países latino-americanos com maior poder de influência no ranking Global Soft Power Index (GSPI), ocupando a 31ª, 38ª e 41ª posição respectivamente. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a China são as nações mais influentes do mundo em termos de soft power, de acordo com o novo relatório da Brand Finance, a consultora líder mundial em avaliação de marcas.
A Brand Finance publica o Índice Global Soft Power com base em mais de 170 mil entrevistados de mais de 100 países para recolher dados sobre as percepções globais dos 193 Estados-Membros das Nações Unidas. Graças ao âmbito do inquérito, o Índice é o estudo mais abrangente do mundo sobre as percepções das marcas nacionais, oferecendo uma análise aprofundada da evolução do poder brando à medida que as nações enfrentam grandes mudanças e desafios a nível global.
O soft power é definido como a capacidade de uma nação influenciar as preferências e comportamentos de vários atores em âmbito internacional (estados, empresas, comunidades, públicos, etc.) através da atração e da persuasão. Cada país é pontuado em 55 parâmetros diferentes para obter uma pontuação geral de 100 e é classificado do 1º ao 193º.
No caso da América Latina, Brasil (48,8/100), Argentina (45/100) e México (44/100) são seguidos pelo Chile (38,8/100), Panamá (37,9/100), Uruguai (37,9/100) e Colômbia (37,6/100). A pontuação Soft Power das demais marcas-país da América Latina não ultrapassa a média global de 37,2 pontos em 100 neste ano. Os países latino-americanos com maior Soft Power se destacam nas métricas Cultura e Patrimônio, Relações Internacionais, Pessoas e Valores, Negócios e Comércio e Sustentabilidade.
No geral, Índia, o Brasil e a África do Sul lutam para desenvolver o seu potencial de soft power, uma vez que os três países têm familiaridade e influência relativamente elevadas, especialmente nas suas regiões de origem, mas têm menor reputação. A Índia caiu para o 29º lugar, enquanto a marca-país da América Latina com melhor classificação, o Brasil, estagnou no 31º lugar, e o líder do ranking da África Subsaariana, a África do Sul, caiu para o 43º lugar, o mais baixo de todos os tempos.
Os países competem entre si no ranking Global Soft Power da Brand Finance, que mede a influência dos mesmos. No caso da América do Sul, só conseguiremos continuar crescendo se melhorarmos as métricas que pontuam mais, como Negócios e Comércio, Relações Internacionais, Educação e Ciência ou Governança, onde ainda somos fracos”, disse Pilar Alonso Ulloa, diretora geral para a Península Ibérica (Espanha, Portugal) e América do Sul.