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Nice proíbe cruzeiros de grande porte para verão de 2025

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Essa medida visa incentivar o “turismo seletivo” e enfrentar o problema do overtourism que afeta diversos destinos turísticos na Europa (Divulgação/NCL)

Em resposta à crescente preocupação com o overtourism e seus impactos negativos, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, implementou uma nova regulamentação que restringe a chegada de grandes navios de cruzeiro à cidade. Através de um decreto emitido em 24 de janeiro, ficou estabelecido que apenas embarcações com capacidade inferior a 900 passageiros serão permitidas na região.

A medida tem como principal objetivo promover um “turismo seletivo” em Nice, buscando um modelo mais sustentável e que minimize os efeitos do turismo em massa. De acordo com informações do jornal francês Le Monde, apesar de o prefeito não ter autonomia para banir completamente os navios de cruzeiro, ele pode limitar o número de passageiros que desembarcam para passeios na cidade.

O porto de Villefranche-sur-Mer, localizado na região metropolitana de Nice, será diretamente afetado por essa nova diretriz, já que é um ponto de parada frequente para grandes navios de cruzeiro. Para se ter uma ideia, cerca de dois terços das quase 90 escalas de cruzeiros previstas para Villefranche-sur-Mer em 2025 envolvem embarcações que excedem o limite de passageiros estabelecido pela nova regulamentação.

Por outro lado, a cidade de Nice continuará recebendo navios de cruzeiro menores, com cerca de 124 escalas programadas para este ano, todas dentro do limite de passageiros estabelecido.

A Cruise Lines International Association (CLIA) expressou sua surpresa em relação à decisão do prefeito. A associação argumenta que não há grandes navios de cruzeiro programados para atracar em Nice em 2025. No entanto, a CLIA manifestou sua preocupação com o impacto que a nova regulamentação pode ter em Villefranche-sur-Mer, um porto vizinho que é uma escala popular para muitos cruzeiros.

A programação para este ano inclui a escala de três grandes cruzeiros e 34 de porte médio, o que significa que a nova regra pode afetar significativamente o turismo na região. Em um comunicado oficial, a CLIA solicitou que o prefeito Estrosi reconsidere as restrições, alegando que essa política pode prejudicar os negócios locais e o turismo na região.

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