
O dólar caiu pela 12ª sessão consecutiva e encerrou a terça-feira (4) vendido a R$ 5,771, registrando a maior sequência de quedas diárias desde a criação do Plano Real. A moeda norte-americana iniciou o dia próxima da estabilidade, mas recuou após a divulgação de dados econômicos fracos nos Estados Unidos.
A menor cotação desde 19 de novembro reflete uma desvalorização acumulada de 6,59% em 2025. A divulgação de que o mercado de trabalho norte-americano perdeu 556 mil vagas em janeiro aumentou as expectativas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed), o que impulsiona a entrada de capital em mercados emergentes.
Na bolsa de valores, o Ibovespa fechou com queda de 0,65%, aos 125.147 pontos. O recuo foi influenciado pelo desempenho negativo de empresas exportadoras, apesar da alta nos papéis de instituições financeiras. A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central contribuiu para a instabilidade do mercado. O documento indicou preocupação com a disseminação da inflação dos alimentos para outros setores, aumentando a possibilidade de juros mais altos após a reunião de março.
A alta nos juros no Brasil tende a desestimular investimentos na bolsa, favorecendo aplicações em renda fixa, como títulos públicos. Enquanto isso, a queda do dólar segue o movimento global de desvalorização da moeda frente a economias emergentes.