
A Bienal do Livro Rio, organizada pela GL events Exhibitions, acontece de 13 a 22 de junho no Riocentro, na Barra Olímpica do Rio de Janeiro, e consolida-se como o maior evento literário, cultural e de entretenimento da América Latina. A edição de 2025 marca a estreia do conceito de parque literário, em um momento em que a cidade celebra o título de Capital Mundial do Livro, concedido pela Unesco, resultado direto da relevância do festival.
Com 130 mil metros quadrados, mais de 570 expositores e 17 patrocinadores, a Bienal deixou há tempos de ser apenas uma feira de livros. Desde 2019, a GL events definiu um plano estratégico para transformá-la em uma plataforma de impacto cultural, educacional e econômico. O conceito de Book Park, inicialmente previsto para 2027, foi antecipado para este ano em razão do reconhecimento internacional.
A programação da Bienal é definida por um coletivo curador e apresenta atividades interativas com autores, experiências sensoriais e ativações desenvolvidas em parceria com marcas. Entre os destaques estão a roda-gigante literária da Light, com trilhas imersivas; a Praça Além da Página, criada com a Shell; e um escape room temático patrocinado pela Estácio. O TikTok promove a pré-estreia do evento para 10 mil pessoas, com programação exclusiva voltada à comunidade de leitores da plataforma.
Segundo Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, a Bienal deixou o modelo tradicional de feira para se tornar um espaço de experiência e engajamento. “A ideia era, gradualmente, alcançar o conceito de Book Park em 2027, o que acabou antecipado pelo título da Unesco”, afirmou.
A GL também promoveu mudanças de formato ao longo dos anos. Em 2023, trouxe experiências imersivas como o baile com fãs de Julia Quinn e botecos temáticos com autores. Com esses avanços, a edição comemorativa de 40 anos registrou mais de 600 mil visitantes e 5,5 milhões de livros vendidos, média de nove por pessoa.
De acordo com Bruno Henrique, diretor de Marketing e Conteúdo da GL events Exhibitions, o título de Capital Mundial do Livro foi viabilizado a partir do sucesso do festival. “Provocamos a Prefeitura do Rio e montamos uma força-tarefa para lançar a candidatura. Com a vitória, decidimos antecipar nossos planos e mostrar que leitura pode ser lúdica e compartilhada”, disse.
O evento se tornou o quarto maior do Rio de Janeiro, atrás apenas do Réveillon, Carnaval e Rock in Rio, movimentando o turismo, os serviços e a economia criativa. A área do evento cresceu 30% e muitos expositores ampliaram seus estandes. A Bienal do Livro Rio também impacta outras edições organizadas pela GL events. Em 2024, a Bienal do Livro Bahia bateu recorde de público, com mais de 100 mil visitantes e 800 mil livros vendidos.
Para Bruno, a Bienal é uma plataforma de legado. “Mais do que produzir um evento, estamos construindo um legado. Acreditamos no poder da literatura para moldar ideias. A Bienal do Livro Rio é um símbolo de transformação para o fortalecimento do mercado editorial e da economia criativa, além de um mobilizador muito potente para formação leitora”, afirmou.