
Com o crescimento dos mercados emergentes e a volta do apetite por viagens, a Boeing traçou um panorama otimista para o futuro da aviação comercial: serão necessárias 43.600 novas aeronaves ao longo dos próximos 20 anos. O dado faz parte da nova edição do Commercial Market Outlook (CMO), divulgada neste domingo (15), às vésperas do Paris Air Show.
Segundo a fabricante americana, a frota global deve quase dobrar até 2044, chegando a 49.600 aviões comerciais em operação. A expansão será puxada, principalmente, por países com classe média em crescimento e redes aéreas mais conectadas.
Mais da metade dessas entregas (cerca de 21 mil) substituirá modelos mais antigos, em um movimento de renovação e eficiência da frota mundial. E o dado que chama atenção: os mercados emergentes representarão mais de 50% da frota total em 20 anos, superando os atuais 40%.
“Mesmo com as turbulências que a indústria enfrentou nos últimos anos, o setor provou sua resiliência. E os números mostram que o ritmo de crescimento está de volta ao padrão pré-pandemia”, afirmou Brad McMullen, vice-presidente da Boeing.
O que vem por aí:
O tráfego aéreo global deve crescer 4,2% ao ano, mais que dobrando de volume até 2044.
Aviões de corredor único (narrowbody), usados em rotas domésticas e regionais, continuarão dominando: serão 33.285 novas unidades — 72% da frota total.
A quantidade de aviões de fuselagem larga (widebody), voltados para voos de longa distância, quase dobrará: de 4.400 para 8.320 unidades.
O segmento de cargueiros também vai crescer: serão 2.900 novos aviões de carga, entre modelos fabricados e convertidos.
No total, a previsão é de 43.600 novas entregas até 2044, distribuídas entre jatos regionais, narrowbodies, widebodies e cargueiros.
Outro dado interessante é o aumento nas conexões: hoje, companhias aéreas conectam 30% mais pares de cidades do que há 10 anos. Isso mostra uma malha aérea mais diversa, voltada a voos diretos e com foco na experiência do passageiro.
O relatório também aponta que os gastos com viagens já retornaram aos níveis de antes da pandemia, mesmo com o cenário econômico incerto.